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    Israel e Líbano finalizam acordo de fronteira marítima

    Cerimônica de assinatura resolve oficialmente uma disputa de anos envolvendo grandes campos de petróleo e gás no Mediterrâneo

    O líder israelense Yair Lapid assina o acordo que estabelece uma fronteira marítima entre Israel e o Líbano, no escritório do primeiro-ministro em Jerusalém em 27 de outubro
    O líder israelense Yair Lapid assina o acordo que estabelece uma fronteira marítima entre Israel e o Líbano, no escritório do primeiro-ministro em Jerusalém em 27 de outubro Reuters

    Da CNN

    Israel e Líbano finalizaram um acordo definindo suas fronteiras marítimas no Mediterrâneo na quinta-feira, anunciou o presidente Joe Biden no Twitter, assinando um acordo mediado pelos Estados Unidos na missão das Nações Unidas na fronteira terrestre entre os países.

    A cerimônia de assinatura resolve oficialmente uma disputa de fronteira marítima de anos envolvendo grandes campos de petróleo e gás no Mediterrâneo.

    Os países vizinhos – ainda formalmente em guerra – estavam em desacordo há anos sobre uma área do mar na costa de Israel e do Líbano. A área em questão toca o campo de petróleo e gás Karish e uma região conhecida como prospecto de Qanaa. O acordo dá direitos de petróleo e gás no campo de Karish a Israel, enquanto o Líbano obtém acesso ao prospecto de Qanaa – com Israel ganhando 17% dos lucros.

    Cada lado anunciou separadamente em 11 de outubro que havia concordado com a demarcação da fronteira, e a gigante energética britânica Energean anunciou na quarta-feira que havia começado a extrair gás do campo de Karish.

    O Gabinete de Israel se reuniu em uma sessão especial na quinta-feira para aprovar o acordo, que o primeiro-ministro Yair Lapid saudou como uma vitória para Israel “em segurança, economia, diplomacia e energia”, acrescentando que “não é todo dia que um país inimigo reconhece o Estado de Israel, em um acordo escrito”.

    O presidente do Líbano, Michel Aoun, emitiu uma declaração muito mais comedida no Twitter antes da cerimônia de assinatura, negando que o acordo equivalia ao reconhecimento de Israel.

    “A conclusão do arquivo de delimitação da fronteira marítima do sul é um processo técnico sem dimensões políticas e não tem efeitos contraditórios na política externa do Líbano em relação a outros países,” ele twittou.

    As tensões aumentaram na região disputada no verão, quando uma embarcação Energean chegou ao campo de Karish para desenvolver o campo de gás, embora a plataforma estivesse posicionada ao sul de qualquer linha libanesa reivindicada.

    O Hezbollah, a poderosa milícia xiita libanesa apoiada pelo Irã, enviou drones para a plataforma em julho como uma “mensagem” a Israel e ameaçou atacar a plataforma se ela começasse a bombear gás antes que um acordo fosse alcançado.

    Mas uma combinação de fatores levou Israel e Líbano a finalizar o acordo, incluindo a demanda global por gás natural após a invasão da Ucrânia pela Rússia; a perspectiva de um acordo garantindo tranquilidade na fronteira norte de Israel; próximas eleições em Israel; e a necessidade econômica de renda do Líbano.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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