Israel diz que localizou 1.500 corpos de militantes do Hamas em seu território
Ataque surpresa de grupo islâmico deixou mais de mil vítimas em Israel; contraofensiva israelense em Gaza deixou ao menos 830 mortos e mais de 4 mil feridos
Uma autoridade de Israel afirmou, nesta terça-feira (10), que foram encontrados cerca de 1.500 corpos de militantes do grupo islâmico Hamas em seu território desde o ataque surpresa no último sábado.
A informação foi confirmada pelo porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Jonathan Conricus.
Veja também: Itamaraty confirma morte de brasileiro em Israel
No quarto dia de guerra em Israel, o número de vítimas em Israel, neste que é um dos ataques mais letais já lançados pelo Hamas na história, ultrapassou 1 mil.
De acordo com a embaixada israelense nos EUA, o número de mortos neste momento é de 1.008, com ao menos 3.418 feridos. Os dados não incluem os palestinos mortos em território israelense.
A contraofensiva lançada por Israel com ataques aéreos na Faixa de Gaza – um território densamente povoado por palestinos e controlado pelo Hamas – deixou mais de 800 mortos.
Segundo o Ministério da Saúde palestino, o número mais atualizado é de 830 mortos e mais de 4.250 mil feridos. A autoridade de saúde afirmou que as interrupções no sinal de internet estão dificultando a atualização dos dados.
Durante a noite de segunda, as Forças de Defesa de Israel lançaram outros 200 ataques aéreos contra os chamados “centros de terror” do Hamas.
O grupo está ameaçando matar civis reféns e transmitir as execuções ao vivo caso os bombardeios continuem. O Hamas alega ter mais de 100 reféns, incluindo militares israelenses. O embaixador de Israel na ONU disse que o número de reféns pode ser maior do que 150.
Mais de 137 mil pessoas estão protegidas em abrigos da ONU em Gaza
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês) disse nesta segunda-feira que seus abrigos de emergência em Gaza estão com 90% da capacidade, com mais de 137 mil pessoas se protegendo dos ataques israelenses.
A agência disse que 83 escolas da UNRWA foram transformadas em abrigos.
A agência afirmou que uma escola da ONU que abrigava famílias deslocadas foi “diretamente atingida”, sem fornecer mais detalhes. Não se sabe quantas pessoas estavam no abrigo no momento do ataque.
Veja também: ONU: cerco a Gaza é proibido pelo Direito Internacional
A UNRWA também disse que foi forçada a fechar todos os 14 centros de distribuição de alimentos, escrevendo numa publicação no X (antigo Twitter), que “como resultado, meio milhão de pessoas deixaram de receber ajuda alimentar vital”.
A Faixa de Gaza esteve quase completamente isolada do resto do mundo durante quase 17 anos.
Governado pelo Hamas desde 2007, o enclave está sob cerco estrito do Egito e de Israel, que também mantém um bloqueio aéreo e naval. Foi descrita pela Human Rights Watch como a “maior prisão ao ar livre do mundo”.
Os habitantes de Gaza viram os ataques israelenses devastarem a faixa em diversas ocasiões desde que as forças de Israel se retiraram do território em 2005. Os combates ocorrem regularmente entre Israel e facções palestinas em Gaza, incluindo o Hamas e a Jihad Islâmica.