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    Israel diz que está atacando alvos na Síria em resposta a disparos de foguetes

    Jatos realizam a represália; três mísseis foram lançados a partir do território sírio contra área israelense no sábado (8)

    Mohammed TawfeeqLarry RegisterRichard Allen Greeneda CNN

    Israel diz que seus caças atingiram um complexo militar sírio, sistemas de radar e postos de artilharia “em resposta a foguetes disparados a partir da Síria”.

    As Forças de Defesa de Israel (IDF) disseram que começaram a atingir alvos em território sírio depois que três foguetes foram lançados em direção a Israel na noite de sábado (8), horário local, um dos quais caiu no sul das colinas de Golã.

    “Há pouco tempo, caças das IDF atingiram alvos adicionais em território sírio, incluindo um complexo militar da Quarta Divisão das Forças Armadas da Síria, sistemas de radares militares e postos de artilharia usados pelas Forças Armadas da Síria”, destacaram as IDF em um comunicado..

    Os ataques dos caças acontecem logo após a ataques anteriores das IDF em território sírio usando um UAV (veículo aéreo não tripulado ou drone), que teve como alvo os lançadores que supostamente dispararam os foguetes.

    As IDF disseram que veem “o Estado da Síria como responsável por todas as atividades que ocorrem em seu território e não permitirá nenhuma tentativa de violar a soberania israelense”.

    A Síria disse que respondeu a “ataques aéreos israelenses na parte sul do país” e afirmou ter interceptado “alguns mísseis israelenses”.

    “Por volta das 5 da manhã de hoje, o inimigo israelense realizou um ataque aéreo com vários mísseis da direção das colinas de Golã sírias ocupadas, visando alguns pontos na região sul”, afirmou a agência de mídia estatal síria SANA, citando uma fonte militar síria.

    Segundo a SANA, a fonte militar acrescentou que as defesas aéreas “interceptaram os mísseis dos agressores e derrubaram alguns deles”.

    Israel tomou as Colinas de Golã da Síria durante a Guerra dos Seis Dias de 1967 e anexou a estreita faixa de terra em 1981. As Colinas de Golã são consideradas território ocupado sob a lei internacional e as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

    A notícia vem depois que o país atingiu alvos militantes palestinos no sul do Líbano e em Gaza na sexta-feira (7), após dezenas de foguetes terem sido disparados do Líbano contra território israelense.

    Tensão na mesquita de al-Aqsa

    Os lançamentos de foguetes ocorrem em meio ao aumento das tensões na região, após batidas da polícia israelense na mesquita de al-Aqsa em Jerusalém.

    A ação das forças de segurança na mesquita são consideradas uma grande provocação pelos muçulmanos.

    A polícia israelense invadiu o templo duas vezes na quarta-feira (5) da semana passada, alegando que “centenas de manifestantes e profanadores de mesquitas (tinham) se barricado” lá dentro.

    Na noite de sábado (8), a polícia alegou novamente que “muitos jovens [tinham] entrado na mesquita e fechado as portas, sem motivo”.

    A Jordânia, vizinha de Israel, alertou sobre “consequências catastróficas” se as forças de Israel invadirem a mesquita novamente.

    Se a polícia israelense “agredir os fiéis novamente, na tentativa de esvaziar [a mesquita] de fiéis, em preparação para grandes incursões na mesquita”, isso “empurraria a situação para mais tensão e violência, pelas quais todos pagariam o preço”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Jordânia, embaixador Sinan al-Majali, em comunicado.

    “O governo israelense é responsável pela escalada em Jerusalém e em todos os territórios palestinos ocupados e pela deterioração que se agravará se não parar com suas incursões na sagrada mesquita de al-Aqsa… e com seu terror de fiéis nestes dias abençoados”, complementou al-Majali.

    O alerta da Jordânia foi seguido por uma declaração do Ministério das Relações Exteriores de Israel na manhã deste domingo (9), ressaltando que as pessoas que “se barricam dentro [da mesquita de al-Aqsa] são uma multidão perigosa, radicalizada e incitada pelo Hamas e outras organizações terroristas”.

    A pasta convocou os guardas do Waqf da Jordânia “para remover imediatamente da Mesquita de al-Aqsa esses extremistas que planejam se revoltar (no domingo) durante as orações muçulmanas no Monte do Templo e a Bênção Sacerdotal no Muro das Lamentações”.

    O Waqf é o órgão nomeado pela Jordânia que administra o complexo da mesquita de al-Aqsa, conhecido como Monte do Templo pelos judeus.

    Tiroteio relatado na Cisjordânia

    Em uma ação separada na noite de sábado (9), as IDF mataram um palestino de 20 anos na cidade ocupada de Azzoun, na Cisjordânia, de acordo com o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina.

    O homem, Ayed Azam Salim, foi baleado no abdômen e no peito no distrito de Qalqilya, segundo o ministério.

    “Após atividades de rotina, vários suspeitos lançaram um dispositivo explosivo contra soldados das IDF na cidade de Azzun”, ressaltaram as IDF em um comunicado.

    Os soldados responderam “com munição real em sua direção” e uma pessoa foi atingida, acrescentou o comunicado. Nenhum soldado israelense ficou ferido, de acordo com o comunicado.

    Salim foi levado para um hospital em Qalqilya, onde não resistiu aos ferimentos e morreu, de acordo com a Agência de Notícias Palestina WAFA.

    Na sexta-feira (7), uma pessoa foi morta e outras sete ficaram feridas em um ataque de carro em Tel Aviv. A polícia disse que o carro era conduzido por um morador de 45 anos de Kfar Kasem, uma cidade predominantemente árabe a leste de Tel Aviv.

    A vítima, um turista italiano, foi identificada pelas autoridades israelenses e italianas como Alessandro Parini. A mídia italiana afirmou que ele era um advogado de 35 anos.

    As autoridades israelenses descreveram o incidente como um “ataque terrorista”.

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