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    Israel diz que agirá contra rebeldes Houthi se comunidade internacional falhar

    Conselheiro de Segurança Nacional israelense, Tzachi Hanegbi, afirmou que estava dando tempo ao mundo para se organizar contra esforços dos rebeldes Houthi de interromper o transporte marítimo no Mar Vermelho

    Tamar MichaelisHeather Chenda CNN

    Israel está preparado para agir contra os esforços dos rebeldes Houthi, no Iêmen, de interromper o transporte marítimo no Mar Vermelho se a comunidade internacional não o fizer, disse o conselheiro de Segurança Nacional israelense, Tzachi Hanegbi, no sábado (9).

    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, conversou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e com líderes europeus, sobre os Houthis terem como alvo navios mercantes com supostas ligações israelenses, disse Hanegbi ao Canal 12 de Israel.

    “Israel está dando ao mundo algum tempo para se organizar, a fim de evitar isto, mas se não houver um acordo global, porque é uma questão global, agiremos para remover este cerco naval”, disse Hanegbi.

    Os rebeldes Houthi, apoiados pelo Irã no Iêmen, são uma organização política e militar xiita que tem travado uma guerra civil contra uma coligação apoiada pela Arábia Saudita desde 2014.

    Houve um aumento nas suas atividades marítimas desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro.

    Os navios de guerra dos EUA já protegem o transporte marítimo na região. Na semana passada, um navio de guerra dos EUA abateu vários veículos aéreos não tripulados que vinham de áreas do Iêmen controladas pelos Houthi, no sul do Mar Vermelho, segundo autoridades militares dos EUA. Um dos incidentes ocorreu durante uma série de ataques a três navios comerciais.

    Oficiais militares dos EUA disseram que estão considerando reforçar as proteções para navios comerciais em torno de uma rota marítima vital do Mar Vermelho, em meio a uma série de recentes ataques com mísseis por militantes Houthi que operam do Iêmen.

    Os EUA discutiram formas de aumentar a segurança na área com membros das Forças Marítimas Combinadas, uma força-tarefa naval multinacional encarregada de proteger a navegação comercial no Mar Vermelho.

    Autoridades americanas disseram publicamente que as discussões se centraram na possibilidade de escoltar navios que operam no Mar Vermelho e através do estreito de Bab-el-Mandeb até o Golfo de Aden – o estreito canal que separa o Iêmen e o Chifre da África.

    Imagem capturada de um vídeo mostra a tomada do Galaxy Leader Cargo pelos combatentes Houthi do Iêmen na costa do Mar Vermelho, perto de Hudaydah, em novembro / Houthi Movement

    Não há prazo dos EUA para operações em Gaza, diz autoridade israelense

    Hanegbi também discutiu os acontecimentos em Gaza, dizendo que os EUA não deram a Israel qualquer prazo para concluir as operações militares no enclave. “Eles entendem que não estão em posição de dizer às FDI quanto tempo é necessário para atingir os objetivos”, disse ele.

    “O bom é que compartilham os mesmos objetivos… É correto assumir que não podemos medir isto em semanas e não tenho a certeza de que possa ser medido em meses”.

    A CNN informou anteriormente que as autoridades dos EUA esperam que a operação de Israel visando o extremo sul da faixa dure várias semanas antes de fazer a transição, possivelmente em janeiro, para uma estratégia hiperlocalizada e de menor intensidade que visa estreitamente militantes e líderes específicos do Hamas, de acordo com vários funcionários do alto escalão da administração.

    A Casa Branca está profundamente preocupada com o desenrolar das operações de Israel nas próximas semanas, disse uma autoridade do escalão da administração dos EUA.

    Os EUA alertaram Israel firmemente em conversas “duras” e “diretas”, disse a autoridade, que as Forças de Defesa de Israel não podem replicar o tipo de tática devastadora que usaram no norte e devem fazer mais para limitar as baixas civis.

    Veja também: imagens do conflito entre Israel e o Hamas

    Hanegbi disse não acreditar que a liderança do Hamas esperasse o tamanho da resposta de Israel ao ataque contra o sul do país em 7 de outubro, no qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas.

    “Não creio que Yahya Sinwar (líder do Hamas em Gaza) acreditasse que as FDI realmente chegariam a qualquer ponto que queiram dentro de Gaza e matariam mais de 7 mil terroristas”, disse Hanegbi. “Esta é a estimativa mínima, pode ser maior porque não sabemos tudo”, acrescentou.

    “Estamos no aproximando muito dos centros de controle e comando do Hamas em Jabalia e Shejaiya, os redutos da resistência persistente no norte da Faixa de Gaza. E no sul estamos operando ferozmente”.

    Quando questionado sobre a possibilidade de Israel ter que escolher entre matar Sinwar ou salvar os reféns, se eles estivessem no mesmo lugar, Hanegbi disse: “Poderemos enfrentar tal situação, é um dilema doloroso para qualquer tomador de decisão, mas isso significaria que (nós) o alcançamos”.

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