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    Israel bombardeia centro de Gaza e tanques avançam em Rafah, dizem autoridades e moradores

    Cruz Vermelha advertiu que unidades de saúde estão no limite

    Nidal al-Mughrabida Reuters

    As forças israelenses bombardearam campos de refugiados no centro da Faixa de Gaza e atingiram a Cidade de Gaza nesta quinta-feira (18), matando pelo menos 13 pessoas, disseram autoridades de saúde e moradores. Tanques também avançaram em Rafah.

    Um ataque aéreo israelense matou seis pessoas na cidade de Zawayda, no centro de Gaza, e outras duas pessoas foram mortas em um ataque a uma casa no campo de Bureij.

    Além disso, outro ataque aéreo de Israel matou três pessoas em um carro em Deir Al-Balah, uma cidade repleta de pessoas refugiadas de outras partes de Gaza, segundo autoridades de saúde.

    Na Cidade de Gaza, médicos afirmaram que dois palestinos foram mortos em outro ataque aéreo.

    Os militares israelenses disseram em um comunicado que suas forças mataram dois comandantes seniores da Jihad Islâmica em ataques aéreos na Cidade de Gaza, incluindo um que, segundo eles, teria participado do ataque de 7 de outubro no sul de Israel, que desencadeou a guerra de Gaza.

    Em Rafah, os moradores relataram que os tanques israelenses avançaram mais profundamente no lado oeste da cidade e se posicionaram no topo de uma colina. Segundo as Forças Armadas israelenses, vários túneis foram localizados, e vários homens armados foram mortos.

    O braço armado do Hamas e seus aliados pontuaram que dispararam bombas de morteiro contra as forças israelenses no sudoeste de Rafah nesta quinta-feira.

    Hospital de campanha no limite

    Mais de um milhão de pessoas buscaram abrigo em Rafah por causa dos combates no norte de Gaza, mas a maioria se dispersou novamente desde que Israel lançou uma ofensiva na cidade e em seus arredores, em maio.

    Os combates fizeram com que o hospital de campanha da Cruz Vermelha em Rafah fique no limite de sua capacidade, afirmou o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em um comunicado nesta quinta. A unidade de saúde possui 60 leitos.

    “Os repetidos eventos de vítimas em massa resultantes das hostilidades implacáveis levaram ao limite a capacidade de resposta do nosso hospital — e de todas as instalações de saúde no sul de Gaza — para cuidar das pessoas com ferimentos que ameaçam a vida”, advertiu William Schomburg, chefe da subdelegação do CICV em Gaza.

    Negociações para cessar-fogo travadas

    Após mais de nove meses de guerra, os combatentes palestinos liderados pelo Hamas ainda conseguem atacar as forças israelenses com foguetes antitanque e bombas de morteiro, ocasionalmente disparando barragens de foguetes contra Israel.

    Israel prometeu erradicar o Hamas depois que seus integrantes mataram 1.200 pessoas e fizeram mais de 250 reféns no ataque de 7 de outubro, de acordo com os registros israelenses.

    Mais de 38 mil palestinos foram mortos na ofensiva de retaliação de Israel desde então, segundo as autoridades de saúde de Gaza.

    Na terça-feira, Israel disse que havia eliminado metade da liderança da ala militar do Hamas e matado ou capturado cerca de 14 mil combatentes desde o início da guerra. Israel afirma que 326 de seus soldados foram mortos em Gaza.

    O Hamas não divulga números de baixas de seus combatentes e disse que Israel estava exagerando para retratar uma “falsa vitória”.

    Os esforços diplomáticos dos mediadores árabes, apoiados pelos Estados Unidos, para interromper as hostilidades parecem estar suspensos, embora todos os lados digam que estão abertos a mais conversas, inclusive Israel e o Hamas.

    Um acordo teria como objetivo acabar com a guerra e libertar os reféns israelenses em Gaza em troca de muitos palestinos presos por Israel.

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