Irã manterá câmeras da AIEA desligadas até que acordo nuclear seja restaurado
País do Oriente Médio violou as restrições nucleares acordadas após os Estados Unidos saírem do pacto, em 2018, e retomarem sanções
O Irã vai manter as câmeras da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da Organização das Nações Unidas (ONU) desligadas até que um acordo nuclear de 2015 seja restaurado, disse o chefe da Organização de Energia Atômica do país nesta segunda-feira (25), conforme informou a agência de notícias Tasnim.
O Irã informou à AIEA que removeu equipamentos da agência, o que inclui 27 câmeras instaladas após o pacto de 2015 com outras potências mundiai. Isso acontece depois que a agência aprovou uma resolução criticando Teerã, em junho.
“Não ligaremos as câmeras da AIEA até que o outro lado retorne ao acordo nuclear”, afirmou o chefe nuclear iraniano, Mohammad Eslami.
O acordo de 2015 impôs restrições às atividades nucleares do Irã em troca do levantamento de sanções internacionais. O então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou o país da resolução em 2018, reimpondo duras sanções econômicas a Teerã.
Os clérigos governantes do Irã responderam violando as restrições nucleares do pacto.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, acusou nesta segunda-feira o chefe da AIEA, Rafael Grossi, de ter “visões não profissionais, injustas e não construtivas” sobre o programa nuclear do país.
Ele acrescentou que Teerã espera que uma retomada ao acordo nuclear possa ser alcançada em breve, caso os Estados Unidos demonstrem boa vontade.
