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    Irã executa três homens por morte de agentes de segurança em protestos

    Judiciário iraniano comunicou as execuções, que se somam a pelo menos outras quatro mortes por enforcamento desde o início das insurreições contra o governo no ano passado

    Majid Kazemi é apresentado em tribunal enquanto ele, Saeid Yaghoubi e Saleh Mirhashemi são acusados ​​de terem matado membros das forças de segurança durante protestos em todo o país.
    Majid Kazemi é apresentado em tribunal enquanto ele, Saeid Yaghoubi e Saleh Mirhashemi são acusados ​​de terem matado membros das forças de segurança durante protestos em todo o país. Mizan News Agency/WANA (West Asia News Agency) via Reuters (09.jan.23)

    Da Reuters

    O Irã executou nesta sexta-feira (19) três homens que estariam envolvidos na morte de três membros das forças de segurança do país durante os protestos antigovernamentais do ano passado, anunciou o Judiciário iraniano.

    Majid Kazemi, Saleh Mirhashemi e Saeed Yaghoubi foram executados na cidade central de Isfahan, disse o Judiciário em publicação no Twitter, acrescentando que eles haviam “martirizado” dois membros da força paramilitar Basij e um policial em 16 de novembro.

    A Anistia Internacional disse que o julgamento acelerado dos homens teve falhas e utilizou “‘confissões’ manchadas de tortura”.

    O Irã nega que as confissões tenham sido extraídas sob tortura.

    As execuções desta sexta-feira elevaram para pelo menos sete o número de manifestantes executados por enforcamento desde o início dos protestos, que começaram no ano passado em todo o país e se transformaram em um dos mais ousados desafios à liderança clerical desde a revolução de 1979.

    As manifestações foram inflamadas pela morte da jovem curda iraniana Mahsa Amini, de 22 anos, enquanto estava sob custódia da polícia moral do Irã em 16 de setembro.

    Diante de sua execução iminente, os três homens apelaram por apoio público na quarta-feira em uma nota manuscrita, dizendo: “Não deixem que eles nos matem”.

    “Precisamos da sua ajuda”, dizia a nota, que viralizou nas redes sociais, atraindo pedidos locais e internacionais para interromper as execuções, inclusive de Washington.