Irã diz que “todas as forças de resistência regionais” estão com o Hezbollah
Líder supremo do país, Ali Khamenei, disse que foi transferido para local seguro
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, enviou uma mensagem de segurança ao Hezbollah neste sábado (28), dizendo que “todas as forças de resistência regionais” estão ao lado do grupo.
Na sua primeira mensagem desde que os militares israelenses reivindicaram o assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, Khamenei disse que Israel era “muito pequeno para causar danos significativos” ao grupo libanês.
O destino da região, disse ele, “será determinado pelas forças de resistência, no topo das quais está um Hezbollah vitorioso”.
“É obrigatório que todos os muçulmanos estejam orgulhosamente ao lado do povo do Líbano e do Hezbollah com os seus recursos e ajudem-no a confrontar o regime usurpador, cruel e maligno”, dizia a declaração escrita.
O Hezbollah confirmou a alegação de que Nasrallah foi morto. Khamenei não mencionou o líder no comunicado.
O exército de Israel afirmou, na madrugada deste sábado (28), que Hassan Nasrallah, líder do grupo libanês armado Hezbollah, foi morto no ataque aéreo de sexta-feira (27) em Beirute, no Líbano.
Caças israelenses atacaram o quartel-general do grupo, localizado em uma área dos subúrbios ao sul da capital conhecida como Dahiyeh, disseram os militares israelenses em comunicado.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) alegaram que Nasrallah operava a partir do quartel-general e “promovia atividades terroristas contra os cidadãos do Estado de Israel”.
Entenda o conflito entre Israel e Hezbollah
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano nos últimos dias. Na segunda-feira (23), o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais. Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.
O Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.