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    Irã apreende petroleiro do Panamá, diz Marinha dos EUA

    Foi a segunda abordagem contra embarcações comerciais feita pela frota iraniana no Golfo em uma semana, no que é a maior escalada de tensão desde 2019; Grécia emitiu advertências antes das ações iranianas

    O Irã apreendeu nesta quarta-feira (3) um segundo petroleiro em uma semana nas águas do Golfo, informou a Marinha dos Estados Unidos, a mais recente escalada em uma série de apreensões ou ataques a embarcações comerciais nas águas do Golfo desde 2019.

    A Quinta Frota da Marinha dos EUA, com sede no Bahrein, disse que o petroleiro Niovi, de bandeira do Panamá, foi apreendido pela Marinha do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGCN) às 6h20 enquanto passava pelo Estreito de Ormuz.

    Na primeira resposta do Irã, o promotor de Teerã anunciou que o petroleiro foi apreendido por ordem judicial após uma denúncia de um demandante, disse a agência de notícias do judiciário Mizan. Não foram fornecidos mais detalhes.

    O incidente ocorre depois que o Irã apreendeu na quinta-feira um petroleiro com bandeira das Ilhas Marshall no Golfo de Omã chamado Advantage Sweet. Esse navio-tanque está sendo mantido pelas autoridades iranianas em Bandar Abbas, informou o registro da bandeira das Ilhas Marshall na terça-feira.

    A empresa de segurança marítima Ambrey disse acreditar que a apreensão do Advantage Sweet pelo Irã foi em resposta a uma recente apreensão por meio de uma ordem judicial dos Estados Unidos de uma carga de petróleo a bordo do navio-tanque Suez Rajan, das Ilhas Marshall.

    O petroleiro Niovi apreendido na quarta-feira viajava de Dubai em direção ao porto de Fujairah, nos Emirados Árabes Unidos, quando foi forçado por barcos do IRGCN a mudar de rumo em direção às águas territoriais iranianas, informou a Marinha.

    Advertência grega

    A Grécia emitiu uma série de advertências a armadores para evitar navegar perto das águas iranianas dias antes de Teerã apreender os dois navios-tanque, segundo documentos e fontes do setor.

    “Devido às recentes ameaças iranianas de possível retaliação contra a navegação grega, recomendamos fortemente que a navegação na área acima, bem como no Estreito de Ormuz e no Golfo de Omã, seja realizada, se possível, fora das águas sob jurisdição do Irã, e sob maior cautela ao navegar perto das áreas acima”, disse o ministério da navegação da Grécia em um comunicado datado de 20 de abril.

    Os funcionários do governo grego não responderam imediatamente a um pedido de comentário. Uma fonte da indústria com conhecimento da situação disse que as companhias de navegação foram aconselhadas a deixar a área perto do Irã.

    “A Grécia emitiu algumas advertências informais para os marítimos da área há algumas semanas”, disse separadamente à Reuters um funcionário da indústria naval grega com conhecimento do assunto.

    A empresa de segurança marítima Ambrey disse que, após o alerta inicial do ministério da navegação da Grécia, “observou o êxodo de um número extraordinariamente alto de navios de bandeira grega da região do Golfo”.

    A Ambrey avalia que o risco para a navegação mercante “não se limitava ao Estado de bandeira, mas às afiliações com a Grécia e os Estados Unidos.”

    Washington apreendeu uma carga de petróleo iraniano nas últimas semanas a bordo de um navio-tanque administrado por uma empresa grega.

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