Investigação contra ex-presidente do Peru será refeita, determina juiz
Advogados de Pedro Paulo Kuczynski, também conhecido como PPK, entraram com um recurso para interromper o processo, alegando que o trabalho da promotoria afetou o direito de defesa
Um juiz peruano decidiu que uma investigação sobre suposta lavagem de dinheiro envolvendo o ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski precisa ser refeita, uma vitória de curto prazo para um dos vários ex-presidentes do país em apuros.
No início de maio, os promotores apresentaram acusações de lavagem de dinheiro e organização criminosa contra Kuczynski e pediram 35 anos de prisão para o economista e ex-banqueiro. Ele assumiu a presidência em julho de 2016, mas renunciou em março de 2018 em meio a uma investigação sobre supostos laços com a gigante brasileira da construção Odebrecht, atualmente chamada Novonor.
A decisão do tribunal foi tomada depois que os advogados de Kuczynski entraram com um recurso para interromper o processo, alegando que a investigação da promotoria afetou o direito de defesa de Kuczynski.
Kuczynski, muitas vezes conhecido como “PPK” por suas iniciais, negou qualquer irregularidade em relação à Odebrecht.
As investigações sobre a Odebrecht enredaram funcionários públicos em toda a América Latina, incluindo o ex-presidente do Peru Alan Garcia, que se suicidou para evitar a prisão em 2019, e Alejandro Toledo, que foi extraditado dos EUA para o Peru no mês passado.
Toledo está atualmente detido na mesma prisão que os ex-presidentes Alberto Fujimori, que governou nos anos 1990 e cumpre uma sentença de 25 anos por abusos de direitos humanos, e Pedro Castillo, que está sendo investigado por acusações de “rebelião” depois de tentar dissolver o Congresso em dezembro.
(Reportagem de Marco Aquino)