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    Inteligência dos EUA diz que Assad concordou em enviar sistema antimísseis ao Hezbollah através do grupo Wagner

    Mercenários russos e combatentes do grupo radical libanês operam na Síria há anos, onde têm trabalhado ao lado das Forças Armadas russas e sírias para reforçar o regime de Assad

    Bashar al-Assad, que governa a Síria desde 2000, disputará eleição com outros 2 candidatos em 26 de maio
    Bashar al-Assad, que governa a Síria desde 2000, disputará eleição com outros 2 candidatos em 26 de maio Foto: Alexei Druzhinin - 7.jan.2020/TASS via Getty Images

    Natasha BertrandZachary CohenKatie Bo Lillisda CNN

    Os EUA têm informações de que o presidente sírio, Bashar al-Assad, concordou em fornecer ao grupo radical libanês Hezbollah um sistema de defesa antimísseis de fabricação russa, segundo fontes.

    O grupo mercenário russo Wagner, que opera na Síria, foi encarregado de realizar a entrega do sistema de mísseis terra-ar SA-22. Não está claro se ele já foi entregue ou quão próximo está da entrega.

    O sistema foi originalmente fornecido pela Rússia para uso do governo sírio, disseram as fontes.

    Uma das fontes disse que os EUA têm monitorado o movimento recente do sistema, também conhecido como Pantsir. A outra fonte afirmou que a avaliação dos EUA se baseou parcialmente em informações obtidas sobre discussões entre Assad, o grupo Wagner e o Hezbollah sobre a entrega do sistema.

    O Wall Street Journal informou anteriormente que o grupo Wagner pode fornecer o sistema ao Hezbollah. O papel de Assad não foi relatado anteriormente.

    Os mercenários do grupo Wagner e do Hezbollah operam na Síria há anos, onde têm trabalhado ao lado das Forças Armadas russas e sírias para reforçar o regime de Assad contra a oposição síria.

    O Hezbollah começou a retirar os seus combatentes nos últimos anos, mas o grupo também é apoiado pelo Irã, que é um aliado próximo de Assad.

    Uma terceira fonte familiarizada com a inteligência ocidental disse que havia evidências de uma crescente colaboração entre o Hezbollah e o grupo Wagner na Síria.

    A possibilidade de o Hezbollah poder ter em breve um novo sistema de defesa aérea surge no meio de preocupações de que os militantes estejam considerar abrir uma nova frente na guerra de Israel contra o Hamas, na fronteira norte de Israel com o Líbano.

    Os EUA alertaram repetidamente o Hezbollah e outros grupos apoiados pelo Irã para se manterem fora do conflito e posicionaram porta-aviões e tropas na região para tentar dissuadir uma potencial escalada.

    Israel também já tinha como alvo estes sistemas de mísseis dentro da Síria, como parte de ataques israelenses mais amplos a instalações militares iranianas no país.

    Não está claro quanta influência a Rússia teve na decisão de fornecer o sistema ao Hezbollah. Desde a morte do líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, em agosto, o Kremlin tem feito algumas tentativas para absorver mercenários e os ativos da organização.

    Mas no final de setembro, os EUA não tinham visto uma mudança decisiva em termos de o Kremlin assumir o controlo total dos combatentes, informou anteriormente a CNN.

    A Rússia, no entanto, recebeu líderes do Hamas em Moscou no início deste mês, provocando indignação por parte do governo israelense.

    A comunidade de inteligência dos EUA acredita – por enquanto – que o Irã e os seus representantes estão calibrando a sua resposta à intervenção militar de Israel em Gaza para evitar um conflito direto com Israel ou os EUA, ao mesmo tempo que impõem custos aos seus adversários, informou a CNN na quinta-feira (2).

    Contudo, o Irã não mantém um controle perfeito sobre o seu guarda-chuva de grupos por procuração, dizem as autoridades, em particular sobre o Hezbollah.

    O grupo radical libanês é aliado do Hamas, que atacou Israel em 7 de outubro, e há muito se posiciona contra Israel.

    Autoridades norte-americanas estão profundamente preocupadas com o fato de a política interna do grupo poder fazer com que o Hezbollah aumente as tensões.

    O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, deve fazer um discurso nesta sexta-feira (3), no qual as autoridades de inteligência estarão observando atentamente em busca de sinais sobre as intenções do grupo.

    Veja também – Hezbollah pode sobrecarregar o Domo de Ferro nos próximos dias, avalia professor

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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