“Injusto e antiético”: Autoridade Palestina critica veto dos EUA a adesão plena na ONU
Chanceler israelense elogiou resultado e chamou projeto de vergonhoso
A Presidência da Autoridade Palestina criticou o veto dos Estados Unidos a uma resolução no Conselho de Segurança da ONU para que a entidade reconhecesse o status de membro pleno de um Estado palestino.
Em comunicado, a Autoridade afirmou que a ação é “injusta, antiética e injustificada”. Já o ministro das Relações Exteriores de Israel elogiou o resultado e chamou o projeto de vergonhoso.
A resolução, apresentada pela Argélia, teve o apoio de 12 países, mas foi bloqueada pelos EUA, que detêm o poder de veto como um dos cinco integrantes permanentes do Conselho de Segurança. Também houve duas abstenções.
Anteriormente, os EUA haviam dito que o estabelecimento de um Estado palestino independente deve acontecer através de negociações entre Israel e a Autoridade Palestina, com o apoio dos Estados Unidos — e não na ONU.
Os palestinos são atualmente um Estado observador não membro, status concedido pela Assembleia-Geral da ONU em 2012. Isso quer dizer que, apesar de poderem falar e assistir a reuniões nas Nações Unidas, os palestinos não podem apresentar emendas ou resoluções.
Para que o status de membro pleno fosse aprovado, além da recomendação do Conselho de Segurança, seria necessária a aprovação de dois terços da Assembleia-Geral da ONU.
*com informações da Reuters e de Mariana Janjácomo, da CNN