Inimiga de Israel e aliada do Hamas, entenda o que é a Jihad Islâmica
Grupo radical islâmico foi acusado pelo governo israelense de disparar míssil que atingiu hospital em Gaza, deixando 200 a 300 mortos; eles negam
Acusado pelo governo de Israel de ter lançado o míssil que atingiu hospital no norte de Gaza, deixando de 200 a 300 mortos, nesta terça-feira (17), a Jihad Islâmica é um grupo extremista que atua no Oriente Médio fazendo oposição militar a Israel e tendo o Hamas como aliado.
Apesar da acusação, a Jihad nega que tenha feito o disparo contra o hospital. Enquanto isso, o Hamas acusa Israel da autoria do ataque.
Durante a guerra de Israel, iniciada na madrugada do dia 7 com um ataque surpresa do Hamas, a Jihad já esteve envolvido em alguns episódios bélicos, tanto no ataque quanto sofrendo perdas.
No dia 9, por exemplo, Israel matou três líderes jihadistas. Como resposta, o grupo radical islâmico disparou mais de 60 foguetes de Gaza em direção a Israel no dia seguinte.
Assim como o Hamas, a Jihad teve sua criação inspirada na Irmandade Muçumana, do Egito, alguns anos antes, em 1981. Enquanto o Hamas surgiu em 1987, no contexto do primeiro levante da Palestina.
Ambos os grupos são inimigos de Israel, mas a Jihad Islâmica sequer aceita a existência do Estado, que foi criado após votação da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1947 como solução para os conflitos entre judeus e palestinos naquela região.
Na teoria, o Hamas também não aceita a existência de Israel, mas, em 2017, chegou a ter uma reunião de sua cúpula na qual ficou aceita, apesar de isso nunca ter sido publicado oficialmente pelo grupo.
Outra diferença da Jihad para o Hamas é que ela é puramente militar, enquanto o Hamas também divide suas funções entre militar e organização política, responsável pela administração da Faixa de Gaza.
Assim como o Hamas e o Hezbollah, a Jihad também recebe apoio do Irã com armas e tecnologias bélicas. Além disso, o grupo também desenvolve seus próprios mísseis em Gaza.
Mesmo sendo menor que os outros dois grupos, a Jihad Islâmica tem grande potencial para causar danos de guerra e civis no território.
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*Publicado por Pedro Jordão, da CNN em São Paulo