Índia: Após semanas em silêncio, primeiro-ministro fala sobre crise da Covid-19
Modi tem sido criticado devido à falta de medicamentos, leitos e oxigênio em hospitais do país; opositores acusam o líder de despreparo e negligência
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, abordou pela primeira vez em três semanas a devastação causada pela segunda onda da pandemia.
Dezenas de milhares de pessoas morreram em todo o país porque os hospitais ficaram sem suprimentos básicos, incapazes de lidar com o número crescente de pacientes.
Em seu último discurso nacional em abril, Modi insistiu que o país não deveria ficar confinado, apesar do aumento nos casos de Covid-19.
Falando em uma reunião virtual sobre benefícios para agricultores, Modi disse:
À nossa frente está um inimigo invisível e esse inimigo tem muitas faces. Devido ao coronavírus, perdemos muitos entes queridos.
O governo de Modi tem sido severamente criticado por sua falta de preparação, manuseio falho subsequente e a resposta à segunda onda, já que centenas morreram devido à falta de suprimento de oxigênio, leitos hospitalares e medicamentos.
Em diferentes partes do país, hospitais destinados a pacientes com Covid estão sendo construídos rapidamente. Usando uma nova tecnologia, estamos instalando usinas de oxigênio. Em áreas remotas do país, trens carregados com oxigênio estão trabalhando para fornecer oxigênio.
Modi, em defesa de seu governo
Modi também elogiou o programa de vacinação contra a Covid-19 da Índia, dizendo que 180 milhões de doses já foram administradas. Ele pediu aos indianos que se imunizasse conforme sejam chamados.
Vários estados tiveram que suspender parcialmente o processo de imunização nesta semana devido à escassez, e sobre o assunto, Modi afirmou à nação que “a Índia não é um país que perde a esperança”.
“Nem a Índia nem qualquer indiano perderão as esperanças. Vamos lutar e vencer”, disse ele.
(Texto traduzido. Leia o original em inglês).