Hungria: Orbán afirma ser aliado da comunidade LGBTQ e defende lei polêmica
'Defendo os direitos dos homossexuais, mas a lei não é sobre isso', disse o líder sobre lei que proíbe a exibição de 'material LGBT' para menores de 18 anos
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, defendeu a lei de seu país que proíbe a disseminação de materiais que promovam a homossexualidade ou mudança de gênero para menores de 18 anos e se declarou um lutador pelos direitos LGBTQI+ na quinta-feira (24).
“Eu defendo os direitos dos homossexuais, mas esta lei não é sobre isso”, disse Orban a repórteres ao chegar para uma reunião de líderes da União Europeia, que devem discutir a lei criticada por muitas capitais do bloco.
“Não se trata de homossexuais. A lei está prestes a decidir como os pais gostariam de educar sexualmente as crianças”, disse Orban, acrescentando que não tem planos de revogá-la.
A lei, aprovada por legisladores húngaros pró-governo na semana passada, proíbe a “exibição e promoção” da homossexualidade e mudança de gênero entre menores de 18 anos nas escolas e na mídia.
Orban, que enfrenta uma eleição no próximo ano, tem se tornado cada vez mais combativo nas questões sociais, dizendo que quer proteger os valores cristãos tradicionais contra o que considera os excessos do liberalismo ocidental.
Entre outras medidas que o governo de Orbán tomou nos últimos anos estão a reforma da lei do casamento, que define matrimônio como apenas entre um homem e uma mulher, a proibição de que pessoas trans possam trocar legalmente de gênero e da adoção de crianças por casais homossexuais.
A UE há muito acusa a Hungria de minar o estado de direito e lançou uma investigação legal formal sobre o governo de Orban.