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    Hospital na Faixa de Gaza usa caminhões de sorvete como necrotérios

    Patologista forense alerta para uma crise humanitária no território e pede ajuda

    Um policial coloca cadáveres em geladeiras de sorvete devido à falta de necrotérios do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa
    Um policial coloca cadáveres em geladeiras de sorvete devido à falta de necrotérios do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images

    Eyad Kourdida CNN

    Um hospital na Faixa de Gaza tem utilizado caminhões de sorvete como necrotérios improvisados ​​para complementar as morgues hospitalares, que estão lotadas.

    Yasser Khatab, patologista forense, disse, em uma mensagem de vídeo enviada à CNN neste sábado (14), que o Hospital dos Mártires em Deir al Balah não tem capacidade para acomodar o número crescente de mortos.

    Khatab acrescentou que alguns corpos permanecem armazenados durante dias antes de serem recolhidos. O patologista forense frizou que Gaza estava em crise.

    “Gaza precisa de ajuda humanitária”, disse Khatab, especificando a necessidade de refrigeradores mortuários e equipamentos médicos, bem como “caixões e equipamentos para lidar com cadáveres”.

    Preocupação global com os civis de Gaza

    A ordem dos militares israelenses aos moradores da cidade de Gaza de deixarem o local e seguirem para o sul do Vale de Gaza deixou a comunidade internacional em alerta e gerou fortes críticas por parte de grupos de direitos humanos, especialmente à medida que os suprimentos essenciais se esgotam e as mortes aumentam no enclave, onde os residentes dizem não ter escapatória.

    “A ordem de evacuar 1,1 milhão de pessoas do norte de Gaza desafia as regras da guerra e da humanidade básica”, escreveu o chefe do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Martin Griffiths, em comunicado na sexta-feira.

    “Estradas e casas (em Gaza) foram reduzidas a escombros. Não há nenhum lugar seguro para ir”, continuou.

    “Forçar civis assustados e traumatizados, incluindo mulheres e crianças, a deslocarem-se de uma área densamente povoada para outra, sem sequer uma pausa nos combates e sem apoio humanitário, é perigoso e ultrajante”, acrescentou, alertando que isso trará “consequências humanitárias catastróficas”.

    Veja também – Análise: Reunião da ONU termina sem consenso sobre ajuda a Gaza