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    Hospitais em Gaza estão “à beira do colapso”, diz ONU

    Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários alertou que a quantidade de pacientes é 150% superior à capacidade dos hospitais

    Jennifer Hauserda CNN

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    Os hospitais na Faixa de Gaza estão “à beira do colapso”, segundo alertou, neste sábado (21), o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), dizendo que o número de pacientes que estão em tratamento ou esperando para serem tratados é 150% superior à capacidade das unidades de saúde.

    O órgão afirmou ainda que as pessoas estão deitadas no chão e nos corredores.

    Segundo a OCHA, 60% das instalações de cuidados de saúde primários foram fechadas em Gaza, enquanto os hospitais lutam para funcionar devido à escassez de energia, medicamentos, equipamentos e pessoal especializado.

    “Apenas oito (dos 22) centros de saúde da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente nas províncias de Middle, Khan Younis e Rafah estão prestando serviços de cuidados de saúde primários a pacientes ambulatoriais críticos e pacientes que necessitam de tratamento para doenças não transmissíveis”, afirmou o comunicado.

    A situação da água em Gaza também continua grave. A última estação de dessalinização em funcionamento fechou no último domingo (14) devido à falta de combustível, bem como a última estação de tratamento de águas residuais em funcionamento, informou a ONU.

     

    “A produção de água a partir de fontes municipais de água subterrânea é inferior a 5% do nível anterior às hostilidades. As três estações de dessalinização de água do mar, que, antes das hostilidades, produziam 7% do abastecimento de água de Gaza, não estão atualmente operacionais, sendo paralisadas na maioria das áreas devido à falta de combustível, insegurança e estradas bloqueadas por escombros”, afirmou o OCHA.

    “A água engarrafada está praticamente indisponível e o seu preço tornou-a inacessível para a maioria das famílias. Os vendedores privados, que operam pequenas estações de dessalinização e purificação de água, que funcionam principalmente com energia solar, tornaram-se os principais fornecedores de água potável”, acrescentou o comunicado da OCHA.

    O saneamento está sendo deteriorado. Todos os cinco tratamentos de águas residuais em Gaza foram encerrados devido à falta de energia. A partir disso, a maior parte do esgoto está sendo despejado no mar.

    “A maioria das 65 estações de bombeamento de esgoto não estão operando”, segundo a OCHA. O lixo também está se acumulando.

    A segurança alimentar é instável. Três das cinco padarias do Programa Alimentar Mundial (PAM) em Gaza fecharam na última sexta-feira (20) devido à escassez de combustível e à falta de ingredientes.

    A farinha de trigo em Gaza poderá acabar em “cerca de cinco dias”, e apenas um dos cinco moinhos está atualmente em funcionamento.

    Veja também: Hamas diz que palestinos não vão deixar Faixa de Gaza

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