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    “Histórico”, diz Boric ao votar em plebiscito sobre nova constituição chilena

    Presidente chileno votou na cidade de Punta Arenas, na manhã deste domingo e prometeu preservar a unidade, independentemente do resultado

    Pedro Zanattada CNN , em São Paulo

    O presidente do Chile, Gabriel Boric, afirmou, em suas redes sociais, que se orgulha do momento histórico que o país vive. Neste domingo (4), os chilenos decidirão, através de um plebiscito, se aprovam ou não uma nova constituição, após 42 anos e manifestações populares que se acentuaram em 2019.

    Na publicação, Boric exalta a democracia e a responsabilidade com o voto. “Exerçamos nosso direito e dever de escrever nossa história votando com responsabilidade, calma e muita alegria”, diz o texto.

    O presidente chileno votou na cidade de Punta Arenas, no sul, na manhã deste domingo e prometeu preservar a unidade, independentemente do resultado.

    Após votar, Boric disse a repórteres que, ao enfrentar tempos difíceis, o Chile optou por resolver seus problemas por meio da democracia. O novo texto é resultado de um acordo alcançado para reprimir protestos violentos contra a desigualdade em 2019 e tem como foco os direitos sociais, meio ambiente, igualdade de gênero e direitos indígenas.

    Enquanto quase 80% dos chilenos votaram para redigir uma nova constituição no final de 2020, pesquisas mostram que o apoio público ao novo texto caiu em meio ao medo de certas propostas e controvérsias em torno dos eleitores eleitos para redigi-la.

    O número de eleitores que planejam votar “não” ao novo texto ultrapassou primeiro o voto “sim” em abril e manteve uma liderança variável. As últimas pesquisas antes de um apagão de duas semanas mostraram o ‘não’ à frente com 47% em comparação com 38% para ‘sim’ e 17% indecisos.

    https://twitter.com/gabrielboric/status/1566426873784967169

    As urnas foram abertas às 8h (horário local) e estarão disponíveis até às 18h (horário local). De acordo com o serviço eleitoral, 15 milhões de pessoas estão aptas a votar. Apenas aqueles que estiverem doentes, fora do país, a mais de 200 km do local indicado para votação ou tiverem algum outro impedimento grave – devidamente verificado por um juiz – poderão se ausentar.

    Os eleitores responderão à seguinte pergunta: “você aprova o texto da Nova Constituição proposto pela Convenção Constitucional?”. As escolhas possíveis são: “aprovo” ou “rejeito”.

    Se o texto for rejeitado, Boric disse que o processo deve reiniciar para cumprir o mandato dado pela votação de 2020 para elaborar uma nova constituição. Outras figuras políticas disseram que a constituição atual deveria ser emendada, dadas as recentes mudanças legislativas necessárias para que as maiorias mais baixas o fizessem.

    A troca da Carta Magna, instituída durante a ditadura de Augusto Pinochet, é uma demanda história no país latino.

    *Com informações da Reuters

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