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    Hillary Clinton diz que republicanos usam criminalidade para “assustar eleitores”

    Ex-secretária de Estado também afirmou estar chocada com o desprezo da candidata republicana diante do ataque ao marido de Nanci Pelosi

    A ex-secretária de Estado Hillary Clinton
    A ex-secretária de Estado Hillary Clinton Foto: Democratic National Convention

    Dan Mericada CNN

    Em Washington

    A ex-secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton disse nesta quinta-feira (3) que o foco dos republicanos na pauta sobre criminalidade antes das eleições de meio de mandato de 2022 nos Estados Unidos é uma hipocrisia clara, dizendo a Don Lemon, da CNN, que o partido não está “preocupado com a segurança dos eleitores, eles só querem manter os eleitores assustados”.

    Hillary, que vai encabeçar seu primeiro comício político específico de candidata na noite de quinta-feira com um evento para a governadora de Nova York, Kathy Hochul, elogiou os esforços do presidente Joe Biden para combater a inflação como “verdadeiramente impressionantes”, mas disse que é “mais desafiador concentrar esse foco no futuro” do que alimentar queixas.

    Mas os ataques mais contundentes de Hillary aos republicanos centraram-se em criminalidade, dizendo à CNN que ela achou “irônico” e “francamente perturbador” que os republicanos não tenham sido tão fervorosos quanto ao denunciar o ataque a Paul Pelosi, marido da presidente da Câmara Nancy Pelosi, uma vez que têm sido sobre fazer do crime uma questão política.

    A criminalidade tem sido uma questão dominante para os republicanos durante a campanha de 2022, com o partido gastando milhões para atacar seus oponentes democratas por serem “suaves” na questão ou ligá-los, às vezes de forma duvidosa, aos esforços para retirar o financiamento da polícia.

    Isso ficou mais claro na disputa entre Hochul e seu oponente republicano, o deputado Lee Zeldin, em que o republicano condenou o crime na cidade de Nova York em sua tentativa de ser o primeiro governador republicano do estado desde George Pataki, que deixou o cargo em 2006.

    Zeldin, de acordo com o rastreador de anúncios AdImpact, veiculou seis peças na televisão no mês passado –cinco das quais focadas em criminalidade. Alguns desses vídeos mostram imagens de crimes violentos acontecendo em Nova York, incluindo tiroteios e assaltos, todos atribuídos pelo republicano a Hochul.

    Hillary disse que o foco no crime são os republicanos “apenas tentando incitar todos os tipos de medo e ansiedade nas pessoas”.

    “Eles não estão lidando com isso. Eles não estão tentando confrontar isso. Então eu vejo isso como um esforço para assustar os eleitores”, disse a ex-candidata presidencial democrata.

    Chocada com a resposta do Partido Republicano ao ataque de Pelosi

    Enquanto Hillary disse que concordava que o crime era uma preocupação legítima para os eleitores, ela argumentou que os republicanos “não querem resolver um problema, seja crime, inflação ou qualquer outra coisa, eles só querem um problema”.

    A ex-secretária de Estado, que disse que o ex-presidente Bill Clinton conversou com Nancy Pelosi após o ataque, mostrou um desprezo especial por Kari Lake, a candidata republicana ao governo do Arizona que brincou sobre o ataque a Paul Pelosi.

    Nancy Pelosi e o marido Paul em Washington / 8/12/2019 REUTERS/Joshua Roberts

    A resposta republicana ao ataque, disse Hillary, é “infelizmente um indicador real de onde estamos em nosso país agora que você tem pessoas na chapa republicana, como a mulher que concorre no Arizona, rindo de um ataque a um homem de 82 anos cuja esposa é a segunda na linha de sucessão à Presidência”.

    “Raramente fico chocada, mas tirar sarro desse ataque, de alguma forma tentando transformá-lo em uma piada, o mesmo partido que quer que nos preocupemos com a criminalidade”, disse Clinton. “Sabe, a hipocrisia é incrivelmente óbvia”.

    Apesar de ser uma das democratas mais conhecidas do país, Hillary tem sido uma das substitutas menos visíveis do partido em comícios de campanha nos últimos anos. Seu evento com Hochul será o primeiro ato específico para candidatos que ela encabeçará este ano.

    O fato de os democratas de Nova York estarem pedindo sua ajuda para aumentar a participação em Manhattan ressalta a profunda ansiedade que percorre o partido à medida que o dia da eleição se aproxima, com Hochul travando uma corrida acirrada contra Zeldin.

    As pesquisas mostram uma corrida em Nova York –com uma pesquisa da Quinnipiac University divulgada em meados de outubro, revelando que 50% dos prováveis eleitores apoiam Hochul em comparação com 46% de Zeldin.

    Hillary disse que o aperto na disputa entre Hochul e Zeldin era “mais uma questão de participação” e que a ex-candidata presidencial esperava que a democrata vencesse na terça-feira.

    “Mas uma eleição de meio de mandato é sempre difícil para o partido no poder. […] Temos visto isso repetidamente na história recente”, disse Hillary. “Portanto, nosso trabalho é convencer nossos eleitores a comparecer, porque se eles comparecerem, não há dúvida de que venceremos”.

    Hillary afirmou que o mesmo problema está sendo enfrentado pelos democratas em todo o país, incluindo no governo Biden, que precisa convencer os eleitores de que suas ações agora tornarão seu futuro melhor.

    “É realmente difícil dizer às pessoas o que vai acontecer no futuro quando, compreensivelmente, elas estão focadas no presente”, disse Clinton. “Então, sim, as pessoas estão preocupadas com o custo de vida, estão preocupadas com a economia, embora os republicanos não tenham absolutamente nenhum plano de fazer nada a respeito. É mais desafiador ter esse foco no futuro”.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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