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    Hamas diz que não tem demandas atendidas e rejeita proposta de Israel para trégua em Gaza

    Grupo radical islâmico afirma que israelenses "continuam teimosos" e que procura novo acordo

    Da CNN

    Num comunicado publicado nesta terça-feira (9), o grupo radical islâmico Hamas disse que o último acordo proposto por Israel para um cessar-fogo na Faixa de Gaza não atende às suas exigências.

    O Hamas disse que recebeu a proposta por mediadores egípcios, catarianos e americanos.

    Embora o Hamas tenha dito que aprecia o esforço, o grupo disse que Israel “continua teimoso e não respondeu a nenhuma das exigências do nosso povo e da nossa resistência”.

    Mas o grupo afirmou que está “ansioso por chegar a um acordo que ponha fim à agressão contra o nosso povo”.

    O Hamas disse que seus líderes analisariam a proposta e informariam os mediadores sobre sua resposta.

    Durante o fim-de-semana no Cairo, o Diretor da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA), Bill Burns, apresentou uma nova proposta que inclui pressionar Israel a libertar um maior número de prisioneiros palestinos em troca dos esperados 40 reféns israelenses que seriam libertos durante a primeira fase de um acordo de cessar-fogo em três fases.

    Israel disse que estava interessado em chegar a um acordo de prisioneiros por reféns, através do qual libertaria vários palestinos encarcerados nas suas prisões em troca dos reféns em Gaza, mas não estava pronto para pôr fim à ofensiva militar antes de invadir Rafah.

    O Hamas quer qualquer acordo que garanta o fim da ofensiva militar israelense, tire as forças israelitas de Gaza e permita que os deslocados regressem às suas casas no enclave.

    Rafah é o último refúgio para civis palestinos deslocados pelos implacáveis ​​bombardeios de Israel que destruíram os seus bairros de origem.

    É também o último reduto significativo das unidades de combate do Hamas, afirma Israel.

    Mais de um milhão de pessoas estão amontoadas na cidade do sul em condições desesperadoras, com falta de comida, água e abrigo, e governos e organizações estrangeiras instaram Israel a não atacar Rafah por receio de um banho de sangue.

    Palestinos esperam para receber comida no sul da Faixa de Gaza / Mohammed Salem/Reuters (13.mar.23)

    “Trabalhamos constantemente para alcançar os nossos objetivos; em primeiro lugar, a libertação de todos os nossos reféns e alcançar uma vitória completa sobre o Hamas”, disse premiê israelense Netanyahu.

    “Esta vitória requer a entrada em Rafah e a eliminação dos batalhões terroristas de lá. Isso vai acontecer – há uma data.” Netanyahu não especificou a data.

    Das 253 pessoas que o Hamas capturou em 7 de outubro, 133 reféns permanecem presos. Os negociadores falaram que cerca de 40 seriam libertos na primeira fase de um possível acordo.

    (Com informações de Mitchell McCluskey, da CNN; e de Nidal Al Mughrabi, Yomna Ehab e Nidal al-Mughrabi, da Reuters)

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