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    Guiné declara epidemia de ebola após confirmação de 3 mortes pela doença

    É o primeiro ressurgimento do vírus no país desde o pior surto global, que aconteceu entre 2013 e 2016

    Profissionais da saúde ajustam equipamentos antes de entrar em local com suspeita de ebola na República Democrática do Congo
    Profissionais da saúde ajustam equipamentos antes de entrar em local com suspeita de ebola na República Democrática do Congo Foto: Goran Tomasevic - 13.dez.2018/Reuters

    Alessandra Prentice, da Reuters

    A Guiné declarou neste domingo (14) um novo surto de ebola, após testes terem dado positivo para o vírus para três pessoas que morreram e outras quatro que estão com sintomas. É o primeiro ressurgimento da doença no país desde o pior surto global, que aconteceu entre 2013 e 2016. 

    Os sete pacientes apresentaram diarreia, vômitos e sangramentos depois de participarem de um enterro na subprefeitura de Goueke. Os que sobreviveram foram isolados em centros de tratamento, informou o Ministério da Saúde. 

    Não está claro se a pessoa enterrada em 1º de fevereiro também morreu de ebola. Tratava-se de uma enfermeira de um posto de saúde local que morreu de uma doença não especificada, depois de ser transferida para tratamento em Nzerekore, uma cidade na fronteira com a Libéria e a Costa do Marfim. 

    “Frente à situação e de acordo com os regulamentos internacionais de saúde, o governo da Guiné declara uma epidemia de ebola”, disse o ministério em comunicado. 

    A epidemia de ebola de 2013-2016, na África ocidental, começou em Nzerekore, o que dificultou o controle do vírus pela proximidade a fronteiras movimentadas. O surto matou 11,3 mil pessoas, sendo a grande maioria na Guiné, Libéria e Serra Leoa.

    Combater o ebola colocará uma pressão adicional ao sistema de saúde da Guiné, que já luta contra o coronavírus. O país de 12 milhões de habitantes já contou 14.895 infectados e 84 mortos pela Covid-19. 

    O vírus do ebola causa vômito e diarreia severos e é transmitido pelo contato com fluidos corporais. É muito mais mortal que a Covid-19, embora não seja transmitido por pessoas assintomáticas. 

    De acordo com o ministério, as autoridades da Guiné já pediram vacinas contra o ebola à Organização Mundial da Saúde (OMS). A nova vacina melhorou enormemente as taxas de sobrevivência da doença nos últimos anos. 

    Tanto os imunizantes quando tratamentos mais avançados ajudaram a acabar com a segunda maior epidemia do ebola registrada, que foi declarada em junho do ano passado na República Democrática do Congo (RDC) e matou mais de 2.200 pessoas. Neste domingo, porém, a RDC reportou quatro novos casos de ebola.