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    Guerrilha urbana do Hamas é desafio para o exército de Israel; entenda tática

    À CNN Rádio, a professora Danielle Ayres explicou que incursão terrestre de Israel é decisão complexa por diversos motivos

    Amanda Garciada CNN

    A decisão de Israel de iniciar uma incursão terrestre em Gaza é complexa por uma série de fatores.

    A avaliação é da professora de segurança e política internacional da UFSC Danielle Ayres.

    À CNN Rádio, ela explicou que os desafios começam já do ponto de vista tático.

    “Gaza é um dos territórios com maior densidade populacional, além de vielas, corredores pequenos e túneis criados pelo Hamas”, disse.

    Neste contexto de espaço urbano, o exército israelense entraria em uma “guerrilha urbana”, já que os integrantes do grupo radical islâmico Hamas não são identificados por uniformes e, portanto, não são facilmente distinguidos de civis.

    A professora também acredita que os integrantes do Hamas, por conhecerem o território, “prepararam o terreno para emboscadas.”

    Diante disso, a decisão de entrar em Gaza “traria muitas baixas para o exército de Israel.”

    Danielle lembrou que há pouca informação sobre a resistência do Hamas dentro de Gaza e, por esse motivo, “ela é difícil de ser mensurada.”

    Ao mesmo tempo, existe a dúvida sobre o pós-invasão, caso Israel tenha sucesso em neutralizar o Hamas e recuperar reféns.

    “O que se fará com essa região? Essa pergunta faz com que Israel tenha cuidado para tomar essa decisão”, disse.

    Neste momento, a estratégia de Israel é de “intensificar ataques aéreos em Gaza, a fim de abrir melhores caminhos e atacar pontos específicos identificados pela inteligência israelense que representem perigo na incursão terrestre.”

    Veja mais: Conselho de Segurança da ONU rejeita proposta da Rússia

    Incursão adiada

    Danielle Ayres destaca que há dois momentos que podem postergar a incursão terrestre de Israel em Gaza.

    O primeiro deles é se houver um consenso sobre a criação de corredores humanitários.

    “Se a incursão acontecer antes disso, fica difícil de proteger e identificar quem está saindo de Gaza”, disse.

    O segundo é a ida do presidente dos Estados Unidos Joe Biden para encontro com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu na quarta-feira (18).

    “Uma incursão terrestre gera retaliações, com o presidente norte-americano em Israel, isso demanda cuidado redobrado para proteger o líder do maior aliado israelense”, afirmou.

    *Com produção de Isabel Campos

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