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    Gripe aviária é detectada pela primeira vez na Antártida, diz agência britânica

    Primeiros casos de infecções foram observados em aves marinhas, aumentando o receio de que a doença se espalhe rapidamente na região

    Mandrião é uma ave típica da Antártida e que houve registro de contaminação pela gripe aviária
    Mandrião é uma ave típica da Antártida e que houve registro de contaminação pela gripe aviária Pixabay

    Akanksha Sharmada CNN

    Os primeiros casos de gripe aviária na Antártida foram detectados em aves marinhas, aumentando o receio de que a doença se espalhe rapidamente por meio de densas colônias de aves e mamíferos na região, aponta a British Antarctic Survey, agência britânica de pesquisa na Antártida.

    “Os casos de gripe aviária altamente patogênica (HPAI) foram confirmados em populações de mandrião-grande em Bird Island, Geórgia do Sul, sendo os primeiros casos conhecidos na região da Antártida”, disse a agência em um comunicado na segunda-feira (23).

    A Geórgia do Sul faz parte do território ultramarino britânico a leste da ponta da América do Sul e próximo à Antártida. A British Antarctic Survey acredita que as aves podem transmitir a doença no retorno da migração para a América do Sul.

    Em agosto deste ano, a OFFLU – uma rede aberta de especialistas globais em gripe aviária – alertou para um “risco substancial” de propagação do vírus HPAI H5, uma espécie de influenza aviária, para o sul a partir da América do Sul, onde foi detectado pela primeira vez em outubro de 2022.

    Em um relatório publicado em 23 de agosto, a OFFLU alertou que a doença poderia atingir a Antártida e as suas ilhas marinhas “devido à migração primaveril de aves selvagens da América do Sul para locais de reprodução na Antártida”.

    A rede apontou para o “imenso” impacto negativo nas aves selvagens e na população de mamíferos da Antártida devido à “sua provável suscetibilidade à mortalidade por este vírus e à sua ocorrência em colônias densas de até milhares de pinípedes [focas, leões-marinhos, morsas, lobos-marinhos, etc.] e centenas de milhares de aves, permitindo a propagação de forma eficiente do vírus”,

    A gripe aviária é causada por infecções que ocorrem naturalmente entre aves aquáticas selvagens, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças. Aves infectadas podem transmitir o vírus a outros animais por meio da saliva e de outras secreções corporais.

    A Antártida e as suas ilhas marinhas abrigam “mais de 100 milhões de aves reprodutoras, seis espécies de pinípedes e 17 espécies de cetáceos”, segundo a OFFLU, que alerta para a possibilidade de “transmissão eficiente do vírus” na região.

    Um dos principais objetivos da OFFLU, que foi fundada conjuntamente em 2005 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização Mundial da Saúde Animal, é recolher dados sobre os vírus e analisar padrões de doenças.

    A British Antarctic Survey, responsável pelas atividades científicas nacionais do Reino Unido na Antártida, opera duas estações de pesquisa na Geórgia do Sul, incluindo uma na Ilha Bird, onde os casos confirmados foram identificados.

    Estes casos sem precedentes ocorrem em um momento em que vários países registraram surtos recordes de gripe aviária neste ano. No Japão, aproximadamente 10 milhões de aves foram mortas para limitar a propagação da doença, colocando pressão sobre a oferta de aves e fazendo disparar o preço dos ovos.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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