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    Greve geral na Argentina: protestos acontecem mesmo com “protocolo antibloqueio”

    Mais de 130 mil pessoas se reuniram nas ruas da capital Buenos Aires, segundo a polícia

    Da CNN

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    O Ministério da Segurança da Argentina anunciou na manhã desta quarta-feira (24) que continua em vigor o “protocolo de manutenção da ordem pública em caso de fechamento de ruas”, também conhecido como protocolo antipiquetes ou antibloqueio.

    Nesta quarta, acontece uma greve geral contra medidas anunciadas pelo governo Javier Milei que afetam diversos setores econômicos.

    Neste contexto, o governo assegurou que o objetivo é “garantir o direito de circular e se movimentar livremente a todos os que necessitam e desejam”.

    As medidas que podem ser tomadas incluem, segundo o mesmo comunicado das autoridades:

    • o controle rigoroso dos carros afetados pelo protesto;
    • controles em estações ferroviárias;
    • controles de concentração;
    • proibição de bloqueio de ruas ou qualquer tipo de faixa de trânsito.

    “Esclarece-se aos cidadãos que o agrupamento sindical (CGT) não tem capacidade nem está autorizado a assegurar, autorizar ou restringir qualquer tipo de circulação, sendo as autoridades governamentais as únicas com competência para realizar os referidos controles, o que será aplicado sob condições estritas de controle e de acordo com as orientações já notificadas”, conclui o comunicado.

    No entanto, repórteres da CNN na Argentina relataram que o protocolo não estava sendo seguido e que os manifestantes saíram às ruas.

    Segundo a polícia de Buenos Aires, por exemplo, mais de 130 mil manifestantes se mobilizaram. A Central Geral do Trabalho (CGT), principal organizadora do movimento, afirma que mais de 1,5 milhão de pessoas aderiram à paralisação no país.

    Protocolo contra fechamento de ruas

    Poucos dias depois da posse do governo, a ministra da Segurança, Patrícia Bullrich, anunciou a implementação de um protocolo para protestos com fechamento de ruas e bloqueios que impeçam a circulação nas vias públicas.

    Ela pontuou que o protocolo procura “garantir a ordem pública” frente a um tipo comum de protesto no país. “As empresas sofrem, e [as manifestações] impedem os argentinos de viver em paz”, destacou.

    Bullrich explicou ainda que as quatro forças federais – Polícia Federal, Gendarmaria Nacional, Prefeitura e Polícia de Segurança Aeroportuária (PSA) – poderão intervir, de acordo com os códigos processuais vigentes, em caso de crime.

    *Com informações de Manuela Castro e Ignacio Grimaldi, da CNN.

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