Greve geral na Argentina: protestos acontecem mesmo com “protocolo antibloqueio”
Mais de 130 mil pessoas se reuniram nas ruas da capital Buenos Aires, segundo a polícia
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Pessoas protestam contra os planos de reformas do governo do presidente Javier Milei em frente ao Congresso durante greve geral, em Buenos Aires
Crédito: Martin Cossarini/picture alliance via Getty Images - 2 de 11
Manifestantes seguram uma faixa que diz "O país não está à venda" e gritam slogans em frente ao Congresso Nacional durante a greve geral
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Mais de 130 mil pessoas foram às ruas de Buenos Aires, segundo a polícia local
Crédito: Martin Cossarini/picture alliance via Getty Images - 4 de 11
Vista aérea dos manifestantes em frente ao Congresso Nacional durante a greve geral contra convocada pelo sindicato dos trabalhadores CGT
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Policiais são mobilizados durante greve geral; governo manteve em vigor o "protocolo antibloqueio"
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Policiais montam guarda em frente a Congresso Nacional durante a greve nacional contra as políticas do presidente Javier Milei
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Mais de 1,5 milhão de pessoas aderiram à paralisação em todo o país, segundo a Central Geral do Trabalho (CGT), principal organizadora do movimento
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Manifestantes seguram um fantoche do presidente da Argentina, Javier Milei, durante uma greve nacional contra as políticas do governo
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Policiais de Buenos Aires em patrulha durante greve nacional contra as políticas do presidente Javier Milei
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Vista aérea dos manifestantes em frente ao Congresso Nacional, em Buenos Aires, durante a greve geral
Crédito: Marcelo Endelli/Getty Images - 11 de 11
Pessoas protestam em frente ao Congresso durante greve geral contra os planos de reformas do governo de Javier Milei
Crédito: Martin Cossarini/picture Alliance via Getty Images
O Ministério da Segurança da Argentina anunciou na manhã desta quarta-feira (24) que continua em vigor o “protocolo de manutenção da ordem pública em caso de fechamento de ruas”, também conhecido como protocolo antipiquetes ou antibloqueio.
Nesta quarta, acontece uma greve geral contra medidas anunciadas pelo governo Javier Milei que afetam diversos setores econômicos.
Neste contexto, o governo assegurou que o objetivo é “garantir o direito de circular e se movimentar livremente a todos os que necessitam e desejam”.
As medidas que podem ser tomadas incluem, segundo o mesmo comunicado das autoridades:
- o controle rigoroso dos carros afetados pelo protesto;
- controles em estações ferroviárias;
- controles de concentração;
- proibição de bloqueio de ruas ou qualquer tipo de faixa de trânsito.
“Esclarece-se aos cidadãos que o agrupamento sindical (CGT) não tem capacidade nem está autorizado a assegurar, autorizar ou restringir qualquer tipo de circulação, sendo as autoridades governamentais as únicas com competência para realizar os referidos controles, o que será aplicado sob condições estritas de controle e de acordo com as orientações já notificadas”, conclui o comunicado.
No entanto, repórteres da CNN na Argentina relataram que o protocolo não estava sendo seguido e que os manifestantes saíram às ruas.
Segundo a polícia de Buenos Aires, por exemplo, mais de 130 mil manifestantes se mobilizaram. A Central Geral do Trabalho (CGT), principal organizadora do movimento, afirma que mais de 1,5 milhão de pessoas aderiram à paralisação no país.
Protocolo contra fechamento de ruas
Poucos dias depois da posse do governo, a ministra da Segurança, Patrícia Bullrich, anunciou a implementação de um protocolo para protestos com fechamento de ruas e bloqueios que impeçam a circulação nas vias públicas.
Ela pontuou que o protocolo procura “garantir a ordem pública” frente a um tipo comum de protesto no país. “As empresas sofrem, e [as manifestações] impedem os argentinos de viver em paz”, destacou.
Bullrich explicou ainda que as quatro forças federais – Polícia Federal, Gendarmaria Nacional, Prefeitura e Polícia de Segurança Aeroportuária (PSA) – poderão intervir, de acordo com os códigos processuais vigentes, em caso de crime.
*Com informações de Manuela Castro e Ignacio Grimaldi, da CNN.