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    Greta Thunberg não está sozinha: veja outros jovens que lutam pelo meio ambiente

    Inspirados na jovem sueca, eles se organizaram para mostrar aos líderes mundiais que os futuros problemas climáticos precisam de soluções conjuntas no presente

    Leah Asmelash, CNN

    O nome de Greta Thunberg se tornou popular desde que a jovem começou a liderar greves contra as mudanças climáticas em 2018. A atitude da estudante inspirou milhares de alunos a sairem da sala de aula para exigirem medidas contra o aquecimento global

    A sueca de 18 anos já apareceu no “The Daily Show with Trevor Noah”, se reuniu com Barack Obama e fez um discurso inflamado este mês para líderes mundiais nas Nações Unidas. 

    Greta Thunberg pode ter sido a pioneira ou o nome mais conhecido mundialmente, mas ela não está sozinha. Jovens de todo o mundo estão lutando para evidenciar os problemas relativos às mudanças climáticas e questões ambientais, organizando manifestações e enfrentando os legisladores ao redor do mundo. 

    Conheça cinco outros jovens que estão no front:

    Isra Hirsi, 18 anos 

    Isra Hirsi
    Isra Hirsi, de 18 anos, é filha da congressista norte americana Ilhan Omar
    Foto: Adam Bettcher/Getty Images for Together Live

    Isra Hirsi, filha da congressista norte americana Ilhan Omar, é uma defensora da justiça social de longa data, mas há alguns anos se envolveu no ativismo climático. Hirsi diz que se inspirou a enfrentar a mudança climática depois de ver dutos construídos em Minnesota. 

    Em 2014, ela se juntou a um grupo ambientalista em sua escola e mais tarde foi cofundadora da US Youth Climate Strike – inspirada no movimento de Thunberg. 

    Em seu estado natal, Minnesota, Hirsi se concentra na defesa de grupos afetados pela mudança climática e, em 2018, ela participou da Cúpula do Clima da Juventude das Nações Unidas.

    Autumn Peltier, 16 anos

    Autumn Peltier
    Autumn Peltier é ativista e atua pela conservação e pelos direitos indígenas à água
    Foto: Reprodução/Youtube/CBC News

    Autumn Peltier tinha apenas 8 anos quando participou de uma cerimônia indígena em uma reserva ambiental onde viu uma placa avisando que a água não poderia ser ingerida porque era tóxica. 

    Tendo crescido em uma ilha de água doce em Wiikwemkoong Unceded Territory, ao norte de Ontário, no Canadá, Peltier diz que nunca experimentou a água da reserva ambiental, mas a memória daquele dia ficou com ela.

    Seis anos depois, aos 14 anos, Peltier fez disso a sua luta e agora atua pela conservação e pelos direitos indígenas à água. Ela diz que foi inspirada por sua tia-avó, Josephine Mandamin, ativista indígena que caminhou pelas costas de todos os cinco Grandes Lagos para conscientizar as pessoas sobre a importância da água. 

    Quando tinha 12 anos, Peltier confrontou o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau dizendo-lhe que estava insatisfeita com os projetos aprovados por ele que usavam gasodutos. Trudeau então prometeu à ela que protegeria a água. 

    De 2015 a 2017, 87 problemas relativos a suspensão de água foram consertados no Canadá, embora ainda restem alguns. Em 2016, Peltier falou na ONU sobre a importância da conservação e do acesso à água, explicando o papel sagrado que a água desempenha em sua cultura. 

    “Muitas pessoas não acham que a água está viva ou que tenha um espírito. Meu povo acredita nisso: acreditamos que a água é sagrada porque nascemos dela”, disse.

    Bruno Rodriguez, 21 anos 

    Bruno Rodriguez
    O jovem ativista Bruno Rodriguez ao lado de Greta Thumberg
    Foto: Stephanie Keith/Getty Images

    Na Cúpula do Clima da Juventude da ONU de 2019, Bruno Rodriguez declarou que as mudanças climáticas podem ser consideradas como a “crise política, econômica e cultural de nosso tempo”. 

    O ativista de 21 anos organizou greves estudantis em Buenos Aires e até hoje, periodicamente, convoca outros jovens para lutar contra a complacência do governo com políticas de poluição incentivadas pelo setor privado. 

    “Sempre ouvimos que nossa geração será a encarregada de lidar com os problemas que os líderes atuais criaram. Não vamos esperar passivamente pelo futuro. Agora é a hora de sermos líderes”, disse ele durante seu discurso na ONU. 

    “Pare o comportamento criminoso de contaminantes de grandes corporações. Basta. Não queremos mais combustíveis fósseis”, concluiu .

    Helena Gualinga, 19 anos 

    Helena Gualinga
    Helena Gualinga, residente na Amazônia equatoriana, luta por questões climáticas
    Foto: Reprodução/Instagram Helena Gualinga

    Helena Gualinga, residente na Amazônia equatoriana, lutou por questões climáticas a vida toda – principalmente contra as grandes petrolíferas. No entanto, em 2019, Gualinga disse que estava assustada com o que poderia acontecer com sua comunidade, principalmente em face dos recentes incêndios e do aumento do desmatamento. 

    Ela trabalha especialmente para defender outros povos indígenas. “Ao proteger os direitos dos povos indígenas, protegemos bilhões de acres de terra da exploração”, escreveu ela em uma postagem no Instagram.

    Mari Copeny, 13 anos 

    Mari Copeny
    A ativista Mari Copeny ganhou fama em março de 2016, quando escreveu uma carta ao então presidente Barack Obama
    Foto: Getty Images/Supermajority

    Mari Copeny, também conhecida como “Pequena Miss Flint”, pode ser pequena em estatura, mas sua voz definitivamente não é. Autodenominada “futura presidente dos EUA”, Copeny ganhou fama em março de 2016, quando escreveu uma carta ao então presidente Barack Obama sobre a crise da água em Flint, uma cidade no Michigan. 

    Suas palavras inspiraram Obama a voar para Flint, projetando a crise à nível nacional. A garota tinha apenas 8 anos quando escreveu aquela carta, mas seu trabalho não parou por aí.  

    Em 2017, ela apareceu em um vídeo promovendo a Marcha dos Povos pelo Clima e começou o movimento #WednesdaysForWater em 2019 – a hashtag, usada às quartas-feira, tem como mote mapear os lugares que precisam de água potável. Atualmente, ela está trabalhando com uma empresa de filtragem para levar água a comunidades que não têm acesso. 

    (Esse texto é uma tradução. Para ler o original, em inglês, clique aqui)

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