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    Governadores da região de Tóquio pedem restrições mais duras para conter Ômicron

    Decisão sobre medidas restritivas fica a cargo do governo do Japão; nova variante do coronavírus impulsionou alta de casos a patamares próximos de recordes

    Japoneses tiram fotos em comemoração do réveillon de 2022 na cidade de Tóquio.
    Japoneses tiram fotos em comemoração do réveillon de 2022 na cidade de Tóquio. Yuichi Yamazaki/Getty Images

    Sakura MurakamiRocky Swiftda Reuters

    em São Paulo

    Os governadores da região de Tóquio concordaram, nesta segunda-feira (17), em solicitar medidas mais restritivas ao governo do Japão, incluindo horários de funcionamento menores para bares e restaurantes, para ajudar a combater o aumento das infecções por Covid-19.

    A variante altamente infecciosa Ômicron está impulsionando um ressurgimento de casos de coronavírus, que estão perto de níveis recordes, depois que o número de novos casos diários ultrapassou 25 mil em todo o país nos últimos dois dias.

    A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, disse em uma reunião online de governadores que a taxa de ocupação de leitos hospitalares para pacientes com Covid-19 foi estimada em 20% nesta segunda-feira, um limite importante para solicitar medidas restritivas adicionais.

    As medidas que estão sendo consideradas pelo governo abrangerão nove “prefeituras” (o Japão está dividido em 47 “prefeituras”) além de Tóquio, informou a emissora FNN.

    A medida acompanharia as restrições impostas este mês em três regiões que abrigam instalações militares dos EUA, após aparentemente surtos de Ômicron nas bases militares terem se espalhado pelas comunidades vizinhas.

    No entanto, a eficácia das declarações de emergência em mudar o comportamento das pessoas diminuiu depois que o Japão implantou repetidamente a medida durante a pandemia, disse o especialista em saúde pública Kenji Shibuya.

    “Omicron é um caso de teste muito importante para qualquer comunidade”, disse Shibuya, que coordena os esforços de vacina no norte do Japão, acrescentando que as autoridades precisam descobrir a melhor forma de gerenciar a doença, mantendo a atividade socioeconômica.

    O objetivo essencial agora é acelerar as doses de reforço, testando e distribuindo tratamentos orais para evitar infecções pela Ômicron em hospitais sobrecarregados, acrescentou Shibuya.

    Diferentes graus de medidas de emergência adotadas em várias partes do Japão no ano passado foram suspensas no final de setembro.

    Uma declaração completa de emergência seria solicitada quando a ocupação de leitos hospitalares em Tóquio chegasse à metade, disse Koike na semana passada.

    A capital destinou cerca de 6.900 leitos para atendimento ao coronavírus, de um total de cerca de 128 mil leitos na região.