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    Google anuncia que excluirá histórico de visitas a clínicas de aborto nos EUA

    Empresa tem enfrentado crescente pressão pública para responder à medida da Suprema Corte que derruba a decisão Roe v. Wade, que garantia o direito constitucional ao aborto

    Brian Fungda CNN

    Nos Estados Unidos, o Google vai lançar uma nova função que vai apagar o histórico de localização de quem visitou clínicas de aborto ou de fertilidade. A medida busca proteger a privacidade dos internautas.

    O anúncio foi feito pelo Google após a Suprema Corte dos Estados Unidos derrubar a decisão conhecida como Roe v. Wade, que permitia a realização legal de aborto nos estados norte-americanos.

    Em uma postagem em seu blog, o Google disse que a medida visa ajudar os usuários a proteger sua privacidade ao visitar lugares que possam esclarecer sua situação médica pessoal ou decisões de saúde.

    Os usuários do Google já podem definir parte ou todo o seu histórico de localização para excluir automaticamente uma busca, mas a empresa disse que, nas próximas semanas, tornaria a configuração padrão quando se trata de vários locais de “colocações médicas particularmente pessoais”.

    A lista inclui “centros de aconselhamento, abrigos para violência doméstica, clínicas de aborto, centros de fertilidade, instalações de tratamento de dependência, clínicas de perda de peso, clínicas de cirurgia estética e outros”, disse o Google na postagem.

    Os usuários do Fitbit, de propriedade do Google, atualmente conseguem remover os dados de rastreamento do período registro por registro, acrescentou o Google, e atualizações futuras permitirão a remoção em massa dos dados do período.

    O Google tem enfrentado crescente pressão pública para responder à decisão da Suprema Corte, mesmo quando algumas empresas de tecnologia anunciaram imediatamente apoio financeiro para seus funcionários que podem precisar viajar para fazer um aborto legal após a decisão, ou disseram que estavam doando para organizações de saúde reprodutiva.

    O Google permaneceu em silêncio até agora.

    A empresa também está analisando como pretende lidar com solicitações de dados sobre requerentes de aborto em estados onde o aborto pode ser proibido.

    A empresa disse que “continuará a se opor a processos muito amplos ou legalmente censuráveis”, mas se recusou a abordar especificamente as investigações relacionadas ao aborto.

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