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    Gazprom, estatal russa, continua exportando gás para a Europa via Ucrânia

    Pedidos do mercado europeu foram de 74,5 milhões de metros cúbicos até 12 de abril

    Giovanna Galvanida CNN* , em São Paulo

    A produtora estatal de gás russo Gazprom continuou a fornecer gás natural para a Europa via Ucrânia de acordo com os pedidos dos consumidores europeus, disse a empresa nesta terça-feira (12), conforme citação da agência de notícias Interfax.

    Os pedidos ficaram em 74,5 milhões de metros cúbicos até 12 de abril, informou a Interfax, citando o operador de gasodutos da Ucrânia.

    A União Europeia já planeja reduzir o consumo de gás natural russo este ano enquanto se prepara para uma ruptura completa com seu maior fornecedor de energia, mas encontrar fontes alternativas representa um desafio logístico.

    Segundo dados de antes da guerra, a Europa importava cerca de 40% do seu gás natural da Rússia. A Alemanha, a maior economia do bloco, está particularmente exposta com o conflito: a Rússia fornece cerca de metade de seu gás natural. Áustria, Hungria, Eslovênia e Eslováquia obtêm cerca de 60% de seu gás da Rússia, enquanto a Polônia obtém 80%.

    Na última semana, a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a UE vai impor mais sanções contra a Rússia além do último pacote, provavelmente incluindo medidas contra as importações de petróleo russo. “Agora temos que analisar o petróleo e as receitas que a Rússia obtém dos combustíveis fósseis”, afirmou von der Leyen.

    Entre as medidas, foi acertada uma “força-tarefa” na qual os Estados Unidos trabalharão para fornecer à Europa pelo menos 15 bilhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito em 2022 em parceria com outras nações, informou a Casa Branca na última semana.

    O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, agradeceu as novas sanções da UE planejadas contra a Rússia, mas disse que um embargo ao gás e petróleo russos é necessário “para deter” Vladimir Putin.

    “Agradeço o fortalecimento do 5º pacote de sanções da UE: proibições de carvão russo, navios que acessam portos da UE e operadores de transporte rodoviário”, escreveu no Twitter. “Mas será necessário um embargo de gás/petróleo e uma retirada de todos os bancos russos do SWIFT para deter Putin. Tempos difíceis exigem decisões difíceis”.

    Apesar das sanções aplicadas por países europeus à Rússia devido à guerra na Ucrânia, o país liderado por Putin afirmou que não iria cortar o fornecimento de gás para “países hostis” imediatamente, mesmo com o novo decreto que exige o pagamento em rublos a partir de 1º de abril — contestado por países como a Alemanha.

    *Com informações da CNN e Reuters

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