G20 vai buscar soluções para Covid-19 e aquecimento global

A reunião dos líderes das 20 maiores economias do mundo vai além das planejadas discussões sobre o mundo pós-pandemia. Os países mais ricos terão a oportunidade de debater a retomada do crescimento econômico diante das demandas por um consumo mais sustentável. O acordo firmado no G20, na área de preservação, volta à tona na próxima semana, na COP26.

Neste ano, a cúpula abordará a redução dos níveis de carbono na atmosfera, a recuperação social e econômica pós-pandemia e políticas de vacinação contra uma nova onda da Covid-19. A doação de vacinas deve ser um dos principais tópicos de debate do fórum.

Na reunião, o Brasil será representado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que levou parte dos ministros dele — o da Economia, Paulo Guedes, e o das Relações Exteriores, Carlos França.

A edição de 2021, porém, não contará com a presença dos chefes de governo da China, do México e da Rússia.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que os países do G20 vão se comprometer a vacinar 70% de toda a população mundial até meados de 2022. A promessa é feita após países ricos terem congelado, por meses, a exportação de vacinas e insumos, o que afetou, principalmente, as nações mais pobres.

O anfitrião, o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, definiu três pilares principais para a cúpula: pessoas, prosperidade e planeta.

O último item está diretamente relacionado à necessidade de políticas sólidas para evitar um aquecimento global irreversível até o final do século.

O encontro do G20 dará o tom para saber o quanto cada país está disposto a investir para conter gradualmente a emissão de gases que causam efeito estufa.

Os países do G20 são responsáveis por 80% da emissão de carbono no mundo, e ainda é preciso pensar em estratégias para controlar as emissões sem emperrar o motor da economia.

(Publicado por Daniel Fernandes)