G20 termina com “maioria” de membros condenando guerra da Rússia na Ucrânia
China e Índia não assinaram o documento de encerramento com mais de 1.100 páginas
A “maioria” dos estados membros do G20 “condenou veementemente” a guerra da Rússia na Ucrânia, de acordo com o final da declaração conjunta dos líderes da cúpula emitida em Bali, na Indonésia, nesta quarta-feira (16).
O documento, que tem mais de 1.100 páginas, não é assinado pelos líderes presentes individualmente e reconheceu uma diferença de opinião na cúpula, onde o escrutínio recaiu sobre a China e a Índia, enquanto os países ocidentais pressionavam por uma forte denúncia da guerra na declaração de encerramento.
“A maioria dos membros condenou veementemente a guerra na Ucrânia e enfatizou que ela está causando imenso sofrimento humano e exacerbando as fragilidades existentes na economia global – restringindo o crescimento, aumentando a inflação, interrompendo as cadeias de abastecimento, aumentando a insegurança energética e alimentar e elevando os riscos à estabilidade financeira”, disse o comunicado.
A China se recusou repetidamente a chamar o ataque da Rússia à Ucrânia de “invasão” ou mesmo de “guerra”, nem condenou Moscou por sua ação militar. “Houve outras opiniões e avaliações diferentes da situação e das sanções”, disse o documento.
“Reconhecendo que o G20 não é o fórum para resolver questões de segurança, reconhecemos que questões de segurança podem ter consequências significativas para a economia global”.
As nações do G20, incluindo a China, também se opuseram à possibilidade de armas nucleares serem usadas em conflitos.
O documento do líder do G20 afirmava: “O uso ou ameaça de uso de armas nucleares é inadmissível. A resolução pacífica de conflitos, os esforços para lidar com as crises, bem como a diplomacia e o diálogo são vitais. A era de hoje não deve ser de guerra”.