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    G20 precisa se reinventar e Brasil quer “lugar à mesa” para tomada de decisões, diz professor

    À CNN Rádio, Leonardo Trevisan avaliou comunicado em conjunto após a Cúpula do G20 como surpreendente

    Amanda Garciada CNN

    O G20 precisa passar por reinvenção na divisão de poder, na avaliação do professor de relações internacionais da ESPM Leonardo Trevisan.

    À CNN Rádio, o especialista destacou que não há espaço para uma mesa de tomada de decisões composta só por Estados Unidos e China.

    Para ele, após a Cúpula do G20 neste fim de semana, reunião em que o Brasil assumiu simbolicamente a presidência do grupo, as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apontam para isso.

    “A posição de Lula, que é endossada por Índia, Indonésia e potências médias, diz que quer lugar à mesa, já que o mundo não pode mais ser dirigido por duas potências”, explicou.

    De acordo com Trevisan, essa reinvenção já começou e o Brasil, de alguma forma, está acompanhando “a mudança no mundo.”

    “As alterações de clima, governança global e perda de empregos devido às novas tecnologias são problemas que precisam de soluções globais”, completou.

    Veja mais: Os interesses dos países envolvidos na reunião do G20

    Consenso em comunicado

    O professor avalia que o comunicado que trouxe um consenso entre as nações – composto por posição branda em relação à guerra na Ucrânia – foi surpreendente.

    “É importante notar que três países foram os principais negociadores: a anfitriã Índia, a Indonésia e o Brasil, que teve papel preponderante neste acordo”, defendeu.

    Trevisan afirma que “ambos os lados fizeram concessões”: “E o lado ocidental cedeu em evitar a condenação da Rússia e, talvez, amenizar as tensões”.

    *Com produção de Isabel Campos

     

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