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    G20 discute crise humanitária no Afeganistão em cúpula especial

    Com economia em grave crise, governantes do grupo vêem necessidade de discutir um futuro movimento de refugiados afegãos

    Crispian Balmerda Reuters , Roma

    O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, comandou uma cúpula especial do Grupo das 20 principais economias nesta terça-feira (12) para discutir o Afeganistão, à medida que aumentam as preocupações sobre um iminente desastre humanitário após o retorno do Talibã ao poder.

    Desde que o Talibã assumiu o controle do Afeganistão em 15 de agosto, o país – que já luta contra a seca e a extrema pobreza após décadas de guerra – viu sua economia quase entrar em colapso, levantando o espectro de um êxodo de refugiados.

    “Os pontos centrais da cúpula incluem apoio humanitário urgente para a população afegã, a luta contra o terrorismo, liberdade de movimento dentro do país e fronteiras abertas”, disse o gabinete de Draghi em um breve comunicado.

    A videoconferência começou às 13h de Roma (8h de Brasília).

    Esperava-se as participações do presidente dos EUA, Joe Biden, do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e dos líderes do G20 da Europa. No entanto, o presidente chinês, Xi Jinping, não ligou e não estava claro se o presidente russo, Vladimir Putin, participaria, ressaltando as diferentes posições internacionais sobre a emergência.

    “O principal problema é que os países ocidentais querem colocar o dedo na forma como o Talibã dirige o país, como tratam as mulheres, por exemplo, enquanto a China e a Rússia, por outro lado, têm uma política externa de não interferência“, disse uma fonte diplomática com conhecimento do assunto.

    O secretário-geral da ONU, António Guterres, juntou-se à cúpula de terça-feira, destacando o papel central que está sendo dado às Nações Unidas no trato com o Afeganistão – em parte porque muitos países não querem relações diretas com o Talibã.

    Os bancos no país estão ficando sem dinheiro, os funcionários públicos não foram pagos e os preços dos alimentos dispararam.

    “A crise está afetando pelo menos 18 milhões de pessoas – metade da população do país”, disse Guterres a repórteres em Nova York na segunda-feira (11), acrescentando que uma enorme operação de ajuda da ONU estava em andamento em uma “corrida contra o tempo” conforme o inverno se aproxima.

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