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    ‘Furacão Delta é diferente dos demais’, avalia especialista

    Professor Augusto José Pereira Filho fala sobre formação dos fenômenos

    Após passar pelo México, o furacão Delta ganhou intensidade e voltou a ser classificado como categoria 3. A tormenta segue rumo à costa da Louisiana, nos Estados Unidos, com ventos de 190 km/h. Em agosto, o furacão Laura também atingiu com violência o hemisfério Norte.

    Em entrevista à CNN, Augusto José Pereira Filho, professor do Departamento de Ciências Atmosféricas da USP, afirmou que o fenômeno é um pouco diferente dos outros que já foram registrados na região. O especialista também explicou a formação do Delta.

    “Os furacões se formam nas águas mais aquecidas e a época mais propícia para este momento é o fim do verão, como foi o caso do furacão Laura. O Delta se formou entre Cuba e América Central (continente). Ele é um pouco diferente dos demais. Normalmente os furacões se formam perto da costa da África e se aproximam adquirindo intensidade, até chegar na costa da Flórida. No caso deste, esse foi fruto do oceano aquecido entre o mar da Caraíbas e o Golfo do México”, explica. 

    No entanto, o especialista acredita que ele deve perder força nas próximas horas devido a ausência de calor, que alimenta intensidade da tormenta. “Mas conforme ele se aproxima da Louisiana, deve perder força porque as águas da região não estão mais tão aquecidas”, continuou. 

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    Furacão Delta
    Furacão Delta se aproxima dos EUA
    Foto: Reprodução/CNN

    “Essencialmente, o furacão precisa de calmaria e de águas aquecidas. Por sinal, este ano os oceanos do Hemisfério Norte estão mais aquecidos que o normal e isso justifica estes episódios”, disse. 

    O professor explica ainda que até o fim do mês de outubro, não terá mais furacão nestas regiões. No entanto, com o aumento da temperatura das águas, há, sim, possibilidade de outros furacões de outono nos próximos meses. 

    “Em poucas horas o Delta perderá muita intensidade e por isso, os oceanos vão ficando mais calmos. Mas as águas estão muito aquecidas, portanto, neste período de outono, há riscos de se ter outros registros de furacões de outono”, finaliza.

    (Edição: André Rigue)

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