Funcionário da ONU acusado de participação em ataque a Israel é morto, diz Secretário-Geral
António Guterres confirmou que foi registrada uma morte entre agentes da UNRWA supostamente envolvidos no dia 7 de outubro; organização diz que demitiu nove dos 12 agentes acusados
Dos 12 funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) supostamente envolvidos no ataque mortal do Hamas contra Israel em 7 de outubro, um funcionário foi morto, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres.
Ainda de acordo com Gueterres, outros nove funcionários foram demitidos, e as identidades de outros dois estão “sendo esclarecidas”.
“As Nações Unidas estão tomando medidas rápidas na sequência das alegações extremamente graves contra vários funcionários da Agência de Assistência e Obras da ONU (UNRWA)”, disse Guterres neste domingo (28), acrescentando que o órgão de supervisão da ONU já lançou uma investigação e uma revisão independente está prevista.
“Qualquer funcionário da ONU envolvido em atos de terror será responsabilizado, inclusive através de processo criminal”, disse o secretário-geral.
Ele instou, no entanto, os países a continuarem a assistência financeira à UNRWA, que apoia 2 milhões de habitantes da Faixa de Gaza que dependem da “ajuda crucial” para a “sobrevivência diária”, alertando que o financiamento atual da agência “não lhe permitirá cumprir todos os requisitos para os apoiar em fevereiro.”
Na sequência das alegações contra a UNRWA, nove países suspenderam até agora o financiamento da principal agência da ONU em Gaza.
“Embora compreenda as suas preocupações – fiquei horrorizado com estas acusações – apelo veementemente aos governos que suspenderam as suas contribuições para, pelo menos, garantirem a continuidade das operações da UNRWA”, disse Guterres.
“Os alegados atos repugnantes destes funcionários devem ter consequências. Mas as dezenas de milhares de homens e mulheres que trabalham para a UNRWA, muitos deles em algumas das situações mais perigosas para os trabalhadores humanitários, não devem ser penalizadas. As necessidades das populações que atendem devem ser atendidas”, disse ele.
(Com informações de Richard Roth, da CNN)