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    Franceses protestam contra lei que proíbe filmagem de policiais em ação

    Carros foram incendiados

    Reuters

     

    Milhares protestaram em Paris neste sábado (5) para denunciar a violência policial e os planos de política de segurança do presidente Emmanuel Macron que, segundo os manifestantes, prejudicariam as liberdades civis.

    A polícia chegou a disparar gás lacrimogêneo e atacou os manifestantes depois que fogos de artifício foram lançados. Jovens encapuzados quebraram a vitrine de uma loja. Houve confrontos violentos entre manifestantes e a polícia em um protesto semelhante na semana passada.

    Em uma reviravolta no início desta semana, o partido no poder de Macron disse que iria reescrever parte de um projeto de lei de segurança que restringiria os direitos de circular filmagens de policiais após ter provocado uma forte reação entre o público e a esquerda política.

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    Os manifestantes marcharam pela capital francesa sob a estreita vigilância da polícia de choque, agitando faixas que diziam “França, terra dos direitos da polícia” e “Retirada da lei de segurança”.

    “Estamos caminhando para uma limitação cada vez mais significativa das liberdades. Não há justificativa”, disse Karine Shebabo, moradora de Paris. Outro manifestante, Xavier Molenat, disse: “A França tem o hábito de restringir as liberdades enquanto prega sua importância para os outros.”

    Manifestantes incendiam carros durante protesto em Paris
    Manifestantes incendeiam carros durante protesto em Paris (05 nov. 2020)
    Foto: Reprodução / CNN

    O espancamento de um homem negro, o produtor musical Michel Zecler, por vários policiais no final de novembro intensificou a ira pública. Esse incidente veio à tona depois que um circuito fechado de televisão e imagens de telefones celulares circularam online.

    Os críticos disseram que o projeto original tornaria mais difícil responsabilizar a polícia em um país onde alguns grupos de direitos humanos alegam racismo sistêmico dentro órgãos de aplicação da lei. Muitos oponentes do projeto de lei dizem que o texto vai longe demais, mesmo reescrito.