França mobiliza 7 mil agentes para reforçar segurança do país após assassinato de professor
Um homem de 20 anos esfaqueou um professor até a morte e feriu gravemente outras duas pessoas em um ataque islâmico na sexta-feira (13)
O presidente da França, Emmanuel Macron, ordenou a mobilização de até 7 mil agentes da polícia para contribuir com as patrulhas de segurança, um dia depois de um professor francês ter sido morto a facadas em um ataque islâmico.
A França foi colocada em alerta de segurança máximo na sexta-feira (13), depois que um homem de 20 anos esfaqueou um professor até a morte e feriu gravemente outras duas pessoas em uma escola na cidade de Arras, no norte do país.
O gabinete de Macron disse que os soldados ficarão mobilizados até a noite de segunda-feira (16), até novo aviso, como parte de uma operação contínua para realizar patrulhas regulares nos principais centros das cidades e locais turísticos.
O museu do Louvre, uma das atrações turísticas mais importantes na capital francesa, foi evacuado e fechado após receber um alerta de bomba, disse a porta-voz do Ministério do Interior, Camille Chaize. Ela acrescentou que estavam sendo feitas verificações para confirmar que não havia perigo.
O alerta de segurança mais recente surge no momento em que a França recebe o Campeonato Mundial de Rugby e menos de um ano antes de Paris sediar os Jogos Olímpicos, que incluem planos para uma cerimônia de abertura sem precedentes fora de um estádio e um desfile ao longo do rio Sena.
Chaize disse que as medidas de segurança já estão em seu nível mais alto no estádio usado para as partidas de rúgbi, mas patrulhas extras serão adicionadas em uma área próxima destinada aos torcedores e no centro de Paris.
A França tem sido alvo de uma série de ataques islâmicos ao longo dos anos. O pior deles foi um ataque simultâneo de homens armados e homens-bomba a locais de entretenimento e cafés em Paris, em novembro de 2015.
O Ministério do Interior disse que a situação de segurança será revista numa reunião neste sábado (14) à tarde para decidir se são necessárias medidas adicionais.
O ministro do Interior, Gerald Darmanin, disse na sexta-feira (13) que o ataque em Arras tem ligação com os acontecimentos no Oriente Médio, onde Israel ataca os palestinos há uma semana, desde o ataque terrorista surpresa do grupo radical islâmico Hamas no último sábado.
VÍDEO: Museu do Louvre é fechado por suspeita de bomba