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    França: 66% dos eleitores de esquerda devem se abster no 2º turno, diz pesquisa

    Levantamento mostra que maioria de apoiadores do candidato Jean-Luc Melenchon pretende anular ou deixar as cédulas em branco

    John Irishda Reuters

    A maioria dos ativistas registrados pelo candidato de extrema esquerda francês Jean-Luc Melenchon se absterá ou deixará suas cédulas de voto em branco no segundo turno presidencial entre o atual presidente Emmanuel Macron e a desafiante de extrema direita Marine Le Pen, mostrou uma pesquisa interna.

    Macron, um centrista pró-União Europeia, ganhou a presidência em 2017 depois de derrotar Le Pen com facilidade quando os eleitores se uniram a ele no segundo turno para manter seu partido de extrema-direita fora do poder.

    A votação inicial configurou o mesmo duelo no segundo turno, mas Macron está enfrentando um desafio muito mais difícil, com os dois lados desesperados para cortejar aqueles que apoiaram Melenchon, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno de 10 de abril com cerca de 22% dos votos.

    Melenchon pediu a seus apoiadores que não votem em Le Pen, mas não chegou a defender Macron e disse que seu partido realizará uma consulta pública para ajudar a orientar aqueles que o apoiaram.

    De acordo com os resultados publicados no domingo, das cerca de 215 mil pessoas que participaram da pesquisa, mais de 66% disseram que iriam se abster, deixar sua cédula de voto em branco ou estragá-la. Pouco mais de 33% disseram que votariam em Macron. A opção de votar em Le Pen não foi dada aos entrevistados.

    “Os resultados não são uma ordem para votar em ninguém, todos vão concluir a partir disso e votar como acharem melhor”, escreveu a equipe de campanha de Melenchon em seu site.

    Com o eleitorado fragmentado e indeciso, a eleição provavelmente será vencida pelo candidato que puder ir além de seu campo para convencer os eleitores de que a outra opção seria muito pior.

    Por décadas, uma “frente republicana” de eleitores de todos os matizes, apoiando um candidato popular, ajudou a manter a extrema direita fora do poder. Mas Macron, cujo estilo às vezes abrasivo e políticas que se desviaram para a direita incomodaram muitos eleitores, não pode mais contar automaticamente com esse apoio.

    Outra pesquisa, do instituto IPSOS-Sopra-Steria, divulgada no sábado (16), mostrou que cerca de 33% dos eleitores de Melenchon apoiariam Macron, com 16% apoiando Le Pen em 24 de abril. Mais de 50% das pessoas questionadas se recusaram a dar sua opinião.