Força Aérea de Israel se prepara para possível incursão terrestre no Líbano, diz comandante
Conflito com o Hezbollah chegou a momento crítico nos últimos dias
O chefe da Força Aérea Israelense, Tomer Bar, disse aos soldados nesta quinta-feira (26) que os militares estão se preparando junto com o Exército para uma invasão terrestre no Líbano para lutar contra o Hezbollah, caso uma ordem seja emitida.
“Estamos nos preparando ombro a ombro com o Comando do Norte para a entrada de uma manobra terrestre. Estamos nos preparando; se isso será realizado é uma decisão acima de nós”, comentou.
“Esta é a nossa oportunidade de enfraquecê-los, tirando-os do ar e do solo de forma organizada”, adicionou.
Bar também pontuou que os militares visam como “prioridade máxima” impedir transferências de armas do Irã para o grupo libanês.
“A confiança do [líder do Hezbollah Hassan] Nasrallah e sua capacidade de se recuperar do que aconteceu com ele há alguns dias depende” do que está vindo do Irã, comentou.
Entenda o conflito entre Israel e Hezbollah
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano nos últimos dias. Na segunda-feira (23), o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.
O Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.
Um adolescente brasileiro de 15 anos morreu após um ataque aéreo israelense.
O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate.