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    Flórida conduz investigação sobre residência de Trump em Mar-a-Lago

    Moradores alegam que acordo assinado em 1993 impede ex-presidente dos Estados Unidos de viver em imóvel que usa como clube privativo

    Da CNN, em São Paulo

    O presidente Donald Trump pretende usar Mar-a-Lago como sua residência depois que sair da Casa Branca
    Foto: Reprodução/Mar-a-Lago

    A decisão do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump de utilizar seu imóvel em Mar-a-Lago como sua nova residência permanente está sendo contestada legalmente na cidade de Palm Beach, na Flórida.

    O prefeito Krik Blouin afirmou à CNN que o assunto pode ser discutido na próxima reunião do conselho local.

    Quando Trump transformou o imóvel de uma residência privada em um clube social, ele concordou com a cidade que limitaria as suas hospedagens em Mar-a-Lago — e, agora, alguns moradores de Palm Beach dizem que ele está violando esse acordo.

    O ex-presidente americano comprou o imóvel, que pertencia à socialite Marjorie Merriweather Post, em 1985. Oito anos depois, ele decidiu transformar o local em um clube e gerar lucros com a propriedade.

    A mudança, de imóvel residencial em comercial, foi acompanhado com um acordo para algumas limitações impostas pela comunidade. 

    Um dos principais pontos era que o clube não poderia ter mais de 500 membros, com um detalhe que agora afeta diretamente a situação de Trump: os sócios, o ex-presidente incluso, não poderiam passar mais de sete dias consecutivos no clube, nem mais do que um total de três semanas por ano.

    Outro detalhe importante: quando o acordo foi fechado há 27 anos, Trump acompanhou pessoalmente seus advogados nas reuniões do conselho local. A assinatura do ex-presidente está no documento que oficializou o acerto.

    Mar-a-Lago: a propriedade foi comprada por Trump em 1985 e transformada em clube
    Mar-a-Lago: a propriedade foi comprada por Trump em 1985 e transformada em clube em 1993
    Foto: Reprodução/Mar-a-Lago

    “O assunto está sendo analisado pelo procurador da cidade, John Randolph”, afirmou o prefeito Krik Blouin à CNN. “O senhor Randolph está revisando a declaração do acordo de uso e nosso código local para decidir se o ex-presidente Trump pode viver em Mar-a-Lago”, prossegue.

    Donald Trump se mudou para Mar-a-Lago no dia 20 de janeiro, após deixar a Casa Branca sem comparecer à posse do sucessor, Joe Biden. Em dezembro, as Organizações Trump afirmaram à CNN que “não há nenhum documento ou acordo em vigor que proíba o presidentre Trump de usar Mar-a-Lago como sua residência”.

    Com informações de Randi Kaye, Devon M.Sayers e Caroline Kelly, da CNN. Leia o texto original em inglês.

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