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    Fim da guerra na Ucrânia no dia 9 não é plausível, avalia professor

    À CNN Rádio, Alexandre Uehara acredita que a Rússia possa declarar oficialmente a guerra e intensificar os ataques

    Carros destruídos na cidade ucraniana de Bododianka, que foi ocupada e atacada por russos no curso da guerra na Ucrânia
    Carros destruídos na cidade ucraniana de Bododianka, que foi ocupada e atacada por russos no curso da guerra na Ucrânia Yuliia Ovsiannikova/Ukrinform/Future Publishing via Getty Images

    Ricardo GouveiaBel Camposda CNN

    Em São Paulo

    O dia 9 de maio é uma data simbólica para os russos, que lembram a vitória sobre os nazistas na Segunda Guerra Mundial, em 1945.

    O professor de Relações Internacionais da ESPM Alexandre Uehara explica que, embora alguns especialistas acreditem que Vladimir Putin possa usar a simbologia para retirar as tropas da Ucrânia nessa data alegando já ter conquistado o que planejava, ele aposta em uma intensificação dos conflitos. “Olhando para os dois cenários, eu creio que o fim da guerra está muito difícil de se perceber como plausível, porque isso dependeria da rendição de um dos lados, e a gente não vê essa possibilidade.

    Uehara aposta numa declaração oficial de guerra por parte da Rússia, que, na avaliação dele, significaria uma escalada de violência. “Se até agora eles não reconheciam como guerra, mas como uma operação militar especial, ao declarar guerra dão uma sinalização mais preocupante, mais significativa”, acrescentou.

    O professor de Relações Internacionais ainda ressalta que, independentemente de um eventual fim da guerra, os reflexos econômicos vão continuar sendo sentidos por muito tempo.

    Uehara alega que o plano europeu de zerar a importação de petróleo russo, divulgado nesta quarta-feira (4), resulta numa reconfiguração das relações comerciais no mundo. “A gente fala que a Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e os países ocidentais não estão na guerra, mas não estão em termos de soldados”, analisa o professor da ESPM. “Em termos de repercussão econômica, o mundo inteiro está na guerra. O pãozinho aqui no Brasil aumentou de preço porque o trigo e o petróleo têm aumentado.”

    O professor avalia também que os países da Otan têm o objetivo de enfraquecer a Rússia para evitar novas ameaças de Vladimir Putin ou outros líderes autocratas no futuro.