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    Família continua busca por brasileira que mora na Ucrânia

    Último contato de Silvana Pilipenko com os parentes no Brasil aconteceu há 17 dias; ela está em Mariupol, uma das cidades atingidas por bombardeios russos

    Pauline Almeidada CNN , no Rio de Janeiro

    Familiares continuam a campanha por informações da brasileira Silvana Pilipenko, paraibana que mora na Ucrânia e se comunicou com os parentes, pela última vez, no dia 2 deste mês de março. Ela está na cidade de Mariupol, um dos principais alvos dos ataques russos.

    Neste sábado (19), a família completa 17 dias sem informações de Silvana, além do marido e da sogra dela, ambos ucranianos. A CNN questionou o Itamaraty sobre a paraibana, mas não recebeu retorno até o momento. Na última quarta-feira (16), o Itamaraty havia comunicado o acionamento de organizações internacionais de apoio humanitário por conta do caso.

    A sobrinha de Silvana Pilipenko, Maria Beatriz Vicente, contou que a tia estava no Brasil até janeiro. Ela voltaria ao país no próximo dia 20 e a falta de notícias deixa a família angustiada.

    “É desesperador. A gente segue sem nenhuma novidade sobre ela.”

    diz a sobrinha de Silvana

    No momento, o que a gente está fazendo é continuar essa divulgação do caso, tentando fazer com que todo mundo veja e com que o governo tenha atenção e se mobilize”, declarou à CNN.

    Segundo Maria Beatriz, o governo da Paraíba questionou o Itamarary sobre o caso e recebeu a informação de que tentavam encontrá-la com a ajuda da Cruz Vermelha, mas que a instituição está focada no atendimento mais amplo dos atingidos pela guerra e com dificuldades de acesso a Mariupol.

    A brasileira Silvana Pilipenko ao lado do marido Vasyl Pilipenko e dos sogros
    A brasileira Silvana Pilipenko ao lado do marido Vasyl Pilipenko e dos sogros / Reprodução/Arquivo Pessoal

    A sobrinha ainda contou que o filho de Silvana deixou o trabalho na marinha mercante para buscar notícias da mãe. Atualmente, ele está na Alemanha e tenta uma maneira de voltar à Ucrânia ou mobilizar amigos para que visitem a casa da mãe.

    Na última comunicação de Silvana, ela havia relatado à família o clima tenso e a escassez de alimentos no mercado.

    Nessa sexta-feira (18), imagens de satélite da Maxar Technologies mostram novas áreas da cidade de Mariupol destruídas por conta dos confrontos entre russos e ucranianos.

    Os bombardeios registrados na cidade levaram o presidente da França, Emmanuel Macron, a manifestar preocupação com Mariupol ao presidente russo Vladimir Putin e a exigir um cessar-fogo imediato.

    Ucranianos no Brasil

    Segundo dados da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), 3,2 milhões de pessoas deixaram a Ucrânia para fugir da guerra, sendo que cerca de 1,9 milhão delas estão na Polônia.

    No Brasil, uma apuração da analista da CNN Renata Agostini mostra que 894 ucranianos chegaram ao país desde o início do conflito, segundo a Polícia Federal.

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