Explosões deixam seis feridos em duas cidades egípcias próximas ao Mar Vermelho
Militares de Israel falam em uma "ameaça aérea" na região, em uma possível referência ao movimento Houthi apoiado pelo Irã no Iêmen, que é conhecido por usar drones
Projéteis atingiram duas cidades egípcias do Mar Vermelho nesta sexta-feira (27), ferindo seis pessoas, conforme informaram fontes. O ataque é entendido como um desdobramento da contaminação regional pelo conflito entre Israel e Gaza.
Autoridades em Israel falam em uma “ameaça aérea” na região do Mar Vermelho, em uma possível referência ao movimento Houthi apoiado pelo Irã no Iêmen, que é conhecido por usar drones.
O porta-voz do Exército egípcio, coronel Gharib Abdel-Hafez, disse que um “drone não identificado” caiu em um prédio adjacente a um hospital, ferindo seis pessoas em Taba, na fronteira com Israel, durante a madrugada.
Mais tarde, outro projétil caiu perto de uma usina de eletricidade em uma área desértica da cidade de Nuweiba, a cerca de 70 km da fronteira, disseram duas fontes de segurança egípcias à Reuters, acrescentando que ainda estavam reunindo mais informações.
Não houve reivindicação de responsabilidade.
Taba e Nuweiba, ambas na Península do Sinai, no Egito, são populares entre os turistas.
Testemunhas em ambos os lugares, que pediram para não serem identificadas, disseram que ouviram explosões e viram a fumaça subindo, além de aviões de guerra egípcios sobrevoando o local.
Sem especificar o local, o porta-voz militar de Israel, Daniel Hagari, disse que helicópteros de combate foram acionados quando “uma ameaça aérea foi detectada na região do Mar Vermelho”.
“De acordo com nosso entendimento, o ataque que ocorreu no Egito teve origem nessa ameaça”, acrescentou ele em um comunicado televisionado.
“Israel trabalhará com o Egito e os Estados Unidos e reforçará as defesas regionais contra ameaças da região do Mar Vermelho.”
Os EUA disseram na semana passada que um navio de guerra da Marinha no Mar Vermelho interceptou projéteis lançados pelos Houthis, potencialmente em direção a Israel.
Fazendo fronteira com Gaza e Israel, o Egito está exposto ao conflito que explodiu após o ataque terrorista do Hamas contra Israel em 7 de outubro e o subsequente bombardeio da Faixa de Gaza.
Cairo tem defendido de forma proeminente o fluxo de ajuda para Gaza, a libertação dos reféns do Hamas e um cessar-fogo.