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    Executivos americanos são condenados a até 13 anos de prisão na Venezuela

    Acusados de corrupção, 6 ex-executivos da refinaria americana Citgo foram condenados a até 13 anos de prisão na Venezuela. Defesa diz que são presos políticos

    Da CNN, em São Paulo

    Um tribunal venezuelano condenou, nesta quinta-feira (26), seis ex-executivos da refinaria americana Citgo à prisão após considerá-los culpados de acusações de corrupção.

    A Citgo, que fornece importante parte da gasolina consumida nos EUA, é uma refinaria americana, subsidiária da petrolífera estatal venezuelana PDVSA. 

    O grupo agora condenado na Venezuela ficou conhecido nos Estados Unidos como As famílias do “Citgo 6” – cinco deles cidadãos americanos e todos com raízes profundas no Texas e na Louisiana. Eles foram presos em novembro de 2017 após serem convocados para uma reunião no escritório de Caracas da petroleira estatal PDVSA, dona da Citgo. 

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    As prisões foram feitas por autoridades venezuelanas por acusações de crimes como peculato, lavagem de dinheiro e conspiração.

    O ex-presidente da empresa, José Pereira, foi multado em U$ 2 milhões e condenado a 13 anos e sete meses enquanto os outros cinco, os ex-vice-presidentes da Citgo José Luis Zambrano, Alirio José Zambrano, Jorge Toledo, Tomeu Vadell e Gustavo Cardenas, foram condenados a mais de oito anos.

    Os seis negaram irregularidades e um advogado da equipe de defesa disse que planejam apelar. As famílias dizem que eles até aqui foram mantidos em condições desumanas, compartilhando celas superlotadas no porão de uma prisão de contra-espionagem militar e estão sofrendo severa perda de peso em um país que sofre escassez de alimentos.

    “As provas dos crimes de que são acusados não estavam lá, nem sequer eram mencionados os seis”, disse a advogada Maria Alejandra.

    “Estávamos prontos para esta decisão porque são presos políticos”, completou.

    Um parente de um dos homens condenados disse que as famílias estão em comunicação com as autoridades americanas.

    O líder da oposição na Venezuela, Juan Guaido, assumiu o controle da Citgo, com sede em Houston, o ativo mais lucrativo da Venezuela no exterior, em 2019, depois que os Estados Unidos o reconheceram como o presidente legítimo do país.

    Washington pediu a libertação do grupo, que inclui cidadãos americanos naturalizados. O presidente Nicolas Maduro mantém o controle da maioria das funções do Estado e das operações venezuelanas da PDVSA, que estão sob sanções impostas pelos EUA.

    (Com informações de Vivian Salama, da CNN; e Sarah Kinosian, da Reuters)

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