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    Exclusivo: Conheça a fábrica da vacina da Pfizer nos EUA

    CNN teve acesso com exclusividade às instalações onde são feitas as doses do imunizante, que deve chegar ao Brasil em três meses

    Sanjay Gupta, da CNN

     A CNN teve acesso exclusivo à fábrica de vacinas da Pfizer em Kalamazoo, no Michigan, nos Estados Unidos. O imunizante foi o primeiro a obter registro definitivo no Brasil e as primeiras doses devem chegar ao país em até três meses.

    O presidente de fornecimento global, Mike McDermott, conta que, com o novo coronavírus, foi preciso inventar um novo jeito de produzir vacinas de um ano para cá. “Foram 12 meses incríveis, diferente de tudo que eu já experimentei em minha carreira”, vibra. As salas de formulação foram pré-fabricadas no Texas e levadas para lá.

    Até dezembro de 2020, nenhuma vacina com a tecnologia de RNA mensageiro tinha sido aprovada em nenhum lugar do mundo. A Pfizer dobrou sua capacidade de produção há um mês, para 13 milhões de doses por semana, e espera poder entregar até 25 milhões por semana daqui a alguns meses.

    Fábrica da Pfizer em Michigan, nos Estados Unidos (01.abr.2021)
    Fábrica da Pfizer projetada em Michigan, nos Estados Unidos (01.abr.2021)
    Foto: Reprodução/CNN

    Com a alta demanda, o gelo seco para a conservação das doses passou a ser produzido na fábrica, já que não foi possível encontrar fornecedores suficientes.

    O que torna o processo de favricação da vacina possível é uma pequena ferramenta chamada de jato misturador de impacto: de um lado entra o RNA mensageiro, do outro, os lipídeos. Ambos são misturados a uma pressão de 400 libras. Dali saem nanopartículas de lipídios, que permitem levar o RNA mensageiro até as células humanas.

    “A primeira vez que alguém me mostrou este misturador, eu disse, você não pode estar falando sério? Como você pode produzir bilhões de doses por aqui? Então, meu nível de confiança era muito baixo. Não que isso não pudesse ser feito, eu sabia que funcionava em escalas menores, mas não entendia como poderia multiplicá-las”, recorda McDermott.