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    Ex-primeira-dama dos EUA Rosalynn Carter sofre de demência, informa Carter Center

    Esposa do ex-presidente Jimmy Carter tem 95 anos; durante governo do marido ela viajou pelo mundo apoiando ações para quebra de estigmas sobre a saúde mental

    Karl de VriesBetsy Kleinda CNN , Washington

    Rosalynn Carter, ex-primeira-dama dos Estados Unidos e esposa do ex-presidente Jimmy Carter, sofre de demência, conforme anunciou o Carter Center na terça-feira (30).

    “A família Carter informa que a ex-primeira-dama Rosalynn Carter tem demência. Ela continua vivendo feliz em casa com seu marido, aproveitando a primavera em Plains [na Geórgia] e as visitas de pessoas queridas”, continuou a declaração. Detalhes adicionais sobre a ex-primeira-dama, de 95 anos, não foram fornecidos imediatamente e o próprio centro disse que não iria comentar mais.

    O Carter Center informou que, ao compartilhar notícias sobre o diagnóstico de Rosalynn Carter, ajuda a “aumentar conversas importantes dentro dos lares e em consultórios médicos em todo o país”. Como primeira-dama, Carter fez da defesa da saúde mental sua plataforma e formou uma comissão presidencial sobre o assunto, um legado que continua hoje.

    O presidente Carter, de 98 anos, começou a receber tratamentos paliativos em casa em fevereiro, após uma série de curtas internações.

    O casal Biden “está em contato” com a equipe do ex-presidente para “garantir que sua família saiba que eles estão certamente nos pensamentos do presidente e da primeira-dama”, segundo declarou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em uma coletiva na terça-feira.

    Em evento em Norcross, Geórgia, na semana passada, homenageando o ex-presidente, o ex-embaixador da ONU do presidente Carter, Andrew Young, disse que visitou Carter no mês passado e que ele estava muito bem. O ex-embaixador falou com a WSB-TV.

    “Eles estão perto do fim”, disse o neto do casal Carter, Jason Carter, no evento. “Ele fará 99 anos em outubro e este é o momento perfeito para passarem os últimos dias juntos em casa em Plains. Eles estão juntos agora, e estão assim há mais de 70 anos”.

    Rosalynn Carter viajou pelo país e pelo mundo como primeira-dama em apoio à quebra de estigmas de saúde mental.

    Rosalyn Carter, ao lado do marido, em visita ao Rio de Janeiro, em 1978; ela viajou o mundo atuando pela causa da saúde mental / ARQUIVO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/

    “Desde 1971, Rosalynn tinha sido uma forte defensora de questões de saúde mental, e sua liderança nesta causa continua até hoje”, escreveu o presidente Carter no “White House Diary” (“Diário da Casa Branca”), uma edição especial dos escritos de seus anos na Casa Branca publicada em 2010.

    Carter continuou: “Ela montou uma cruzada mundial para reduzir o estigma associado à doença mental e ajudou a persuadir a Organização Mundial da Saúde e os Centros de Controle de Doenças a incluir a saúde mental em suas pautas”.

    Demência é um termo amplo para descrever uma capacidade prejudicada de lembrar, pensar e tomar decisões, de acordo com o CDC. Pessoas com demência podem ter problemas com memória, atenção, julgamento e resolução de problemas, comunicação e percepção visual, além das mudanças típicas de visão relacionadas à idade.

    A demência não é uma parte normal do envelhecimento, de acordo com o National Institute on Aging (Instituto Nacional de Envelhecimento) dos EUA, mas cerca de um terço de todas as pessoas com 85 anos ou mais podem ter alguma forma de demência.

    (Com colaboração de Shania Sheton e Jamie Gumbrecht)

     

     

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