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    Ex-presidente da África do Sul Jacob Zuma é preso por desacato à autoridade

    A ordem decorre da recusa de Zuma em comparecer a uma comissão anticorrupção para responder a perguntas sobre seu mandato

    David McKenzie, Amy Cassidy e Rob Picheta, , da CNN, em Joanesburgo

    A mais alta corte de justiça da África do Sul considerou o ex-presidente Jacob Zuma culpado de desacato ao tribunal e o condenou a 15 meses de prisão na terça-feira (29), decisão marcante na longa saga de corrupção do país.

    O Tribunal Constitucional da África do Sul ordenou que Zuma se apresentasse a uma delegacia de polícia em sua cidade natal de Nkandla ou na capital Joanesburgo dentro de cinco dias.

    Em um julgamento contundente, a juíza Sisi Khampepe decidiu: “Não pode haver dúvida de que o Sr. Zuma desacatou o tribunal.”

    A ordem decorre da recusa de Zuma em comparecer a uma comissão anticorrupção para responder a perguntas sobre seu suposto envolvimento em corrupção durante seu mandato como presidente. Zuma negou repetidamente as acusações.

    O juiz Khampepe disse que Zuma tentou corroer a legitimidade do Tribunal Constitucional conduzindo uma “campanha de difamação politicamente motivada” contra ele, a comissão e o judiciário.

    “Nenhuma pessoa está acima da lei, seja qual for sua posição ou condição”, disse ela, prosseguindo: “Um ato de desafio em relação a uma ordem judicial direta tem o potencial de precipitar uma crise constitucional.

    “Se impunemente os processados podem decidir quais ordens desejam obedecer e quais desejam ignorar, então nossa Constituição não vale o papel em que está escrita”.

    Zuma foi presidente da África do Sul de 2009 a 2018.

    (Texto traduzido. Leia o original em inglês).