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    Ex-presidenciável peronista, Scioli deve continuar como embaixador no Brasil em governo de Milei

    Daniel Scioli apoiou Sergio Massa após desistir de candidatura nas últimas eleições presidenciais

    Scioli, um cacique político que foi vice-presidente de Néstor Kirchner (2003-2007) e candidato presidencial derrotado no segundo turno contra Mauricio Macri (2015)
    Scioli, um cacique político que foi vice-presidente de Néstor Kirchner (2003-2007) e candidato presidencial derrotado no segundo turno contra Mauricio Macri (2015) Divulgação

    Daniel Rittnerda CNN

    Brasília

    O embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, deverá continuar no cargo durante o governo do presidente eleito Javier Milei.

    Nome forte do peronismo na província de Buenos Aires, onde foi governador duas vezes, Scioli chegou a se colocar como pré-candidato nas últimas eleições presidenciais. Ele acabou desistindo para apoiar Sergio Massa.

    De acordo com fontes argentinas, Scioli é visto por Milei e seu entorno como uma pessoa capaz de construir um relacionamento melhor com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Nos últimos dias, o embaixador foi citado até como possível secretário de Turismo e Esporte da gestão Milei — o cargo deixará de ter status ministerial, como ocorre hoje.

    A sondagem para a permanência de Scioli no Brasil, segundo relatos feitos à CNN, foi feita por Guillermo Francos, futuro ministro do Interior, de quem o embaixador é amigo.

    Neste domingo (26), Scioli levou a chanceler designada por Milei, Diana Mondino, para uma “visita surpresa” — não divulgada previamente — ao Palácio do Itamaraty. Ela se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e convidou formalmente Lula para a posse no dia 10 de dezembro.

    Scioli, um cacique político que foi vice-presidente de Néstor Kirchner (2003-2007) e candidato presidencial derrotado no segundo turno contra Mauricio Macri (2015), tornou-se uma espécie de especialista em contenção de danos na relação Brasil-Argentina.

    Ele foi indicado embaixador pelo presidente Alberto Fernández, em 2020, na tentativa de construir pontes com o governo Jair Bolsonaro. O próprio Bolsonaro apoiou publicamente a reeleição Macri, contra Fernández, e disse várias vezes que a Argentina viveria um caos social com a vitória do peronista.

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