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    Ex-militar dos EUA na Ucrânia descreve batalha em que americanos teriam sido capturados

    Voluntários americanos Alexander John-Robert Drueke e Andy Tai Ngoc Huynh estão desaparecidos há cerca de uma semana, após missão em Kharkiv

    Sarah El SirganyMaija Ehlinger

    Em entrevista a Sam Kiley, da CNN, um ex-militar dos EUA que lutou com as forças ucranianas contou sobre a batalha que testemunhou em 9 de junho, na qual os combatentes voluntários americanos Alexander John-Robert Drueke e Andy Tai Ngoc Huynh foram capturados pelas forças russas.

    O homem, que pediu para ser identificado com o codinome “Pip”, disse que sua equipe foi enviada em uma missão ao leste de Kharkiv, onde um ataque blindado russo em grande escala estava em andamento.

    Drueke e Huynh dispararam uma granada propelida por foguete (RPG) em um veículo BMP que vinha pela floresta e o destruíram. Mas a equipe teve que se retirar rapidamente, pois mais de 100 soldados da infantaria russa começaram a avançar e os combatentes americanos se encontraram em uma vila que antes pensavam estar em mãos ucranianas.

    Quando perguntado sobre o que aconteceu com Drueke e Huynh, Pip disse que “suspeitamos que eles foram nocauteados pelo tanque T-72 ou pela explosão de uma granada. Isso é apenas especulação, não sabemos o que realmente aconteceu com eles.”

    Uma foto dos dois homens surgiu na quinta-feira (16) com as mãos amarradas nas costas e na traseira de um caminhão russo.

    “Eu sei que Andy e Alex não vieram aqui por dinheiro, eles não vieram aqui por glória. Eles vieram aqui com a firme convicção de que a Ucrânia como uma democracia precisa de ajuda”, disse Pip a Kiley durante a entrevista.

    “Até onde eu sei, somos pagos quase pela mesma quantia, isso se não exatamente o mesmo que um soldado ucraniano que está no front… E o dinheiro certamente não é minha motivação para eu estar aqui. E eu sei que não é também para Andy e Alex “, acrescentou.

    Entenda a história

    Na quarta-feira, a CNN informou que Drueke, 39, de Tuscaloosa, Alabama, e Huynh, 27, de Hartselle, Alabama, estavam desaparecidos há quase uma semana e havia temores de que eles pudessem ter sido capturados por forças russas, segundo para suas famílias e um companheiro de luta. A dupla estavaa lutando ao lado das forças ucranianas ao norte de Kharkiv.

    A CNN informou um dia depois que um terceiro americano que o Departamento de Estado identificou como desaparecido em ação na Ucrânia era o veterano da Marinha dos EUA Grady Kurpasi. Ele serviu no Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA por 20 anos, aposentando-se em novembro de 2021.

    O presidente dos EUA, Joe Biden, disse na sexta-feira que foi informado sobre os três americanos que desapareceram na Ucrânia. Em breves comentários a repórteres ao sair para um fim de semana na praia em Delaware, Biden disse repetidamente que os americanos não deveriam viajar para a Ucrânia neste momento.

    “Não sabemos onde eles estão, mas quero reiterar: os americanos não deveriam ir para a Ucrânia agora”, disse Biden em resposta a uma pergunta de MJ Lee, da CNN, na Casa Branca.

    O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, disse que o departamento está em contato com as famílias dos americanos desaparecidos, bem como com as autoridades ucranianas e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

    O Departamento de Estado dos EUA comunicou à família de um dos americanos desaparecidos na Ucrânia que há evidências potenciais de que Drueke foi capturado, mas não pôde verificar a foto na época, disse Bunny Drueke, mãe de Alexander, à CNN.

    Na sexta-feira, surgiram vídeos em canais pró-Rússia e mídias sociais que pareciam mostrar Drueke e Huynh detidos em um local desconhecido. Não está claro quem os está segurando.

    Ned Price disse afirmou que os EUA não estavam em contato com a Rússia sobre os cidadãos americanos supostamente capturados porque eles ainda não têm “razões críveis” para acreditar que os russos os capturaram e também porque a Rússia não alegou tê-los feito de reféns.

    O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse à CNN que não sabe nada sobre os dois combatentes americanos.

    A CNN procurou repetidamente o Ministério da Defesa da Rússia para comentar sobre o caso, mas ainda não recebeu uma resposta.

    Kate Sullivan e Jonny Hallam da CNN contribuíram com esta reportagem para este post

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