Ex-governador cometeu assédio sexual, aponta relatório de parlamentares de NY
Documento divulgado nesta segunda-feira (22) também afirma que Andrew Cuomo não foi transparente sobre número de mortes por Covid-19
O ex-governador de Nova York Andrew Cuomo envolveu-se em diversas instâncias de assédio sexual e não foi totalmente transparente sobre o número de mortes por Covid-19 em casas de repouso no estado.
Esses foram os resultados da investigação apresentada por parlamentares estaduais nesta segunda-feira (22).
“Este foi um capítulo profundamente triste da história de Nova York”, disse o presidente da Assembleia Estadual, Carl Heastie, que em março pediu que o comitê judiciário da casa investigasse alegações contra Cuomo.
Em um comunicado emitido nesta segunda, um porta-voz de Cuomo qualificou o relatório como “revisionista” e disse que a equipe do ex-governador não teve a oportunidade de analisar os indícios da Assembleia.
Cuomo negou qualquer irregularidade anteriormente, mas em agosto, ao renunciar, disse que aceita a “responsabilidade total” pelo que classificou como tentativas desajeitadas de ser carinhoso ou bem-humorado.
Inicialmente, Heastie pediu ao comitê judiciário que determinasse se Cuomo deveria ser afastado do cargo depois que duas mulheres que trabalharam para ele vieram a público com queixas de assédio sexual.
Cuomo renunciou após a divulgação de um relatório da procuradora-geral de Nova York, Letitia James, que concluiu que o então governador violou leis federais e estaduais ao assediar sexualmente mulheres subordinadas a ele.
Pouco após a renúncia, sua sucessora, Kathy Hochul, revelou que 12 mil pessoas a mais morreram por Covid-19 no estado do que o relatado por Cuomo.