Ex-ditador militar sul-coreano Chun Doo-hwan morre aos 90 anos
Ex-comandante militar, Chun presidiu o massacre de manifestantes pró-democracia do exército de Gwangju nos anos 1980
O ex-presidente da Coreia do Sul Chun Doo-hwan, cujo governo “punho de ferro” no país após um golpe militar de 1979 gerou protestos massivos pela democracia, morreu nesta terça-feira (23) aos 90 anos, informou seu ex-assessor de imprensa.
Ex-comandante militar, Chun presidiu o massacre de manifestantes pró-democracia do exército de Gwangju nos anos 1980, crime pelo qual foi posteriormente condenado e recebeu pena de morte comutada – quando a pena é abrandada.
Chun morreu em sua casa em Seul no início da manhã e seu corpo foi transferido para um hospital para um funeral mais tarde no dia.
Ele sofria de mieloma múltiplo, um câncer no sangue que estava em remissão, e sua saúde havia piorado recentemente, disse a repórteres seu ex-secretário de imprensa, Min Chung-ki.
O gabinete do presidente sul-coreano Moon Jae-in ofereceu condolências à família de Chun, mas expressou pesar por sua falha em revelar a verdade e pedir desculpas. Não há planos de enviar flores ou uma autoridade de governo ao funeral, de acordo com a porta-voz de Moon.
A morte de Chun ocorre cerca de um mês após o co-conspirador do golpe e sucessor do presidente Roh Tae-woo, que desempenhou um papel crucial, mas controverso, na difícil transição do país para a democracia, morrer aos 88 anos.